Empresa promete desbloquear até Android e iPhone mais recente


A empresa israelense Cellebrite está divulgando em sua página oficial que é capaz de desbloquear aparelhos de celular com as versões mais recentes do sistema operacional Android, do Google, e iOS, da Apple. A promessa chama atenção, pois seria uma tecnologia exclusiva da companhia e as versões mais novas são, no momento, tidas como seguras. Nenhuma técnica de desbloqueio que funcione nos celulares mais modernos é publicamente conhecida.A Cellebrite oferece seus serviços principalmente para autoridades policiais ou do sistema Judiciário. A companhia é conhecida por ter sido inicialmente apontada como envolvida no desbloqueio o celular do terrorista Syed Farook, um dos responsáveis pelo ataque de San Bernardino em 2015. No entanto, uma reportagem "Washington Post" afirmou que o celular do terrorista foi desbloqueado por hackers que entraram em contato com o FBI, e não pela companhia israelense.Página em português da Cellebrite oferecendo serviços de desbloqueio. (Foto: Reprodução)Embora não tenha sido envolvida no caso de San Bernarido, a Cellebrite de fato oferece serviços de desbloqueio. Diversos celulares, especialmente modelos mais antigos ou que não foram atualizados para as últimas versões dos seus respectivos sistemas, podem ser desbloqueados usando muitas técnicas conhecidas, desde falhas no sistema operacional até truques que permitem realizar tentativas ilimitadas de senha. Desbloquear os aparelhos mais modernos, como promete a Cellebrite, é incomum.A Cellebrite só oferece informações de seus métodos para agentes da lei e diz só realizar os serviços quando há uma ordem judicial válida para fazê-lo. O serviço é pago."Esse serviço de desbloqueio avançado, exclusivo e pago, está disponível para agências policiais do mundo todo para exames legalmente autorizados. Dessa forma, as agências policiais se tornam capacitadas a realizar a extração do dispositivo ou utilizar os serviços avançados de extração da Cellebrite para recuperar mais dados dos dispositivos mais complexos como parte do mesmo processo de envio", diz o folheto de marketing da companhia.A página está disponível em português, aqui.Limitações não são informadasO celular precisa ser enviado à Cellebrite para ser desbloqueio. A companhia não informa qualquer possível limitação da sua abordagem. É possível que o desbloqueio não funcione em senhas por padrão ou alfanuméricas, por exemplo.O especialista em segurança Bruce Scheneier, um dos mais respeitados do ramo, afirmou que existe há rumor "crível" de que a companhia só é capaz de burlar os bloqueios exclusivamente numéricos (PIN), pois a técnica se baseia em realizar infinitas tentativas de desbloqueio.Se isso for verdade, não seria a primeira vez que uma técnica de desbloqueio sofre dessa limitação. Já existe um dispositivo capaz de burlar o bloqueio da mesma forma para modelos mais antigos de iPhone. Ele é chamado de "IP BOX" e impede o telefone de registrar as tentativas de desbloqueio malsucedidas. Em senhas alfanuméricas longas e fortes, o processo é muito demorado e pode ser inviável.Dúvidas sobre segurança, hackers e vírus? Envie para g1seguranca@globomail.com

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