Hacker que ajudou russos a invadir Yahoo é condenado a 5 anos de prisão


Karim Baratov também foi condenado a pagar multa de US$ 250. Montagem mostra o logo do Yahoo em sua sede em Rolle, na Suíça, em 2012, e o símbolo da Verizon em San Diego, nos Estados Unidos, em 2016. Foto: Reuters Um canadense acusado de ajudar agentes russos de inteligência a invadir contas de e-mail como parte de uma grande violação de dados no Yahoo foi condenado a cinco anos de prisão nesta terça-feira (29) e a pagar uma multa de US$ 250 mil. O comprometimento dos dados chegou a 500 milhões de contas da empresa. Karim Baratov, que admitiu culpa em novembro de 2017 em San Francisco, foi sentenciado pelo juiz distrital dos Estados Unidos, Vince Chhabria, informou a Procuradoria dos EUA. Cidadão canadense nascido no Cazaquistão, Baratov foi preso no Canadá em março de 2017, a pedido dos promotores dos EUA. Mais tarde, ele renunciou ao seu direito de lutar contra um pedido de extradição para os Estados Unidos. Os promotores pediram sentença de 94 meses, mas os advogados de Baratov argumentaram que o tempo de prisão deveria ser menor, de 45 meses. "Este caso é sobre um jovem, mais jovem do que a maioria dos réus em casos de hackers em todo o país, que hackeavam emails, um por vez, por US$ 100", escreveram os advogados de defesa. O Departamento de Justiça dos EUA anunciou as acusações em março de 2017 contra Baratov e outros três, incluindo dois oficiais do Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB), por seus papéis na invasão de 500 milhões de contas do Yahoo em 2014. Baratov é o único dos quatro que foi preso. O Yahoo em 2016 disse que os ladrões cibernéticos podem ter roubado: nomes endereços de email números de telefone datas de nascimento senhas criptografadas A Verizon Communications, maior operadora de telefonia móvel dos EUA, adquiriu a maior parte dos ativos do Yahoo em junho de 2017 e chegou a receber um desconto em decorrência à invasão. Promotores federais disseram em um processo judicial que "as vítimas visadas eram de interesse para a inteligência russa" e incluíam "líderes proeminentes nas indústrias comerciais e altos funcionários do governo [e seus conselheiros] da Rússia e dos países vizinhos". Promotores disseram que os policiais do FSB Dmitry Dokuchaev e Igor Sushchin dirigiram e pagaram hackers para obter informações e usaram Alexsey Belan, que está entre os criminosos mais procurados do FBI, para violar o Yahoo.

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