Espasmo na coluna de Marcelo foi semelhante a famoso 'mau jeito'; entenda


Lateral-esquerdo da Seleção deixou campo no início do jogo de Brasil contra a Sérvia nesta quarta-feira (27). Para ortopedista, dor deve ser controlada em dois dias. Marcelo deixa campo após dor aguda na coluna em jogo do Brasil contra a Sérvia Maxim Shemetov/Reuters O famoso "mau jeito" pode ter sido o motivo pelo qual Marcelo, lateral-esquerdo da Seleção, deixou o campo no início do jogo do Brasil contra a Sérvia nesta quarta-feira (27). O nosso camisa 12 apresentava claros sinais de dor aguda, mas a recuperação deve ser rápida, avalia ortopedista. De modo geral, a depender do "mau jeito", doi muito e assusta, mas não há motivo para grandes preocupações em uma pessoa sem uma doença prévia, avalia Ricardo Munir Nahas, médico do esporte, ortopedista e chefe do Centro de Medicina do Esporte do Hospital 9 de Julho (SP). "É uma especulação, mas conhecendo quem está lá, e o fato de ter sido no início do jogo, ele deve ser recuperar bem" -- Ricardo Munir Nahas. Initial plugin text O famoso "mal jeito" pode ter sido o caso do lateral-esquerdo da Seleção, Marcelo Vieira Júnior, o nosso camisa 12. Marcelo deixou campo no início do jogo do Brasil contra a Sérvia nesta quarta-feira (27) com sinais claros de dor aguda, mas a recuperação deve ser rápida, avalia ortopedista. A CBF divulgou tratar-se de um "espasmo na coluna", uma contração involuntária do músculo na região da lombar. O ortopedista explica que, pela característica do espasmo, o evento se assemelha ao famoso "mau jeito" -- condição comum em áreas muito acionadas para o movimento, como o pescoço e a lombar. Por que o mau jeito ocorre? No "mau jeito", explica Nahas, o músculo se contrai para proteger a articulação. "É um aviso para que o movimento seja interrompido. Não dá mais para se mexer, não dá para jogar. É aí que as pessoas mancam, não conseguem mais rotacionar a coluna, etc.." O mau jeito ocorre geralmente, segundo o especialista, em situações em que o cérebro envia dois comandos simultâneos e contraditórios ao músculo em um curto espaço de tempo. "Suponhamos que você ia chutar a bola, mas chega alguém e corta. O cérebro dá o comando que você deve desistir de chutar." "São duas ordens quase simultâneas: 'chuta e não chuta'. Essa contradição faz com quê o músculo não fique alinhado à ordem. Isso pode dar o famoso mau jeito e travar tudo" - Ricardo Munir Nahas. Tratamento e prevenção Não há muito como evitar esse tipo de espasmo, que pode ocorrer com qualquer um. "A não ser que ele ocorra repetidamente. No caso de um escritório, por exemplo, é preciso analisar o mobiliário", diz. O tratamento é feito com o controle da dor: relaxante muscular, analgésico ou anti-inflamatório aliviam o desconforto imediato -- como foi feito com o Marcelo assim que a dor surgiu. "O controle da dor, no entanto deve ser aliado a um período mínimo de repouso para que o espasmo não vire uma lesão", conclui o especialista.

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