Nobel de Medicina quer que prêmio alavanque pesquisas contra o câncer


Tóquio, 1 out (EFE) - O imunologista molecular e químico japonês Tasuku Honjo, anunciado nesta segunda-feira como vencedor do Nobel de Medicina, disse esperar que o prêmio incentive mais pesquisadores a ampliarem os estudos e continuarem na luta contra o câncer. "Espero que este tratamento continue salvando mais vidas. Que este prêmio motive outros pesquisadores a continuarem no seu caminho", afirmou o pesquisador, de 76 anos, em entrevista coletiva concedida na Universidade de Kioto, na região central do Japão, onde trabalha como professor convidado. Honjo ganhou o Nobel de Medicina junto com o americano James P. Allison por causa das descobertas "do tratamento contra o câncer pela inibição da regulação negativa do sistema imunológico". "Ainda neste século, chegará o dia em que o câncer já não será mais uma ameaça, da mesma forma que as doenças infecciosas", declarou Honjo. Honjo descobriu em 1992 a proteína PD-1, um inibidor das células T que ajudam a controlar as respostas imunológicas do corpo. A descoberta dessa proteína contribuiu para o desenvolvimento de um remédio imunoterapêutico contra o câncer mais efetivo, o Opdivo, usado em tratamentos contra o câncer de pulmão e o melanoma, o tipo mais grave de câncer de pele. O imunologista molecular japonês explicou que, quando fez a descoberta, não imaginou que uma pesquisa "tão básica como essa" fosse ser aplicada de forma tão ampla. Honjo se lembrou do impacto com o qual recebeu a notícia da morte precoce de um colega de universidade, um dos fatores que o motivou a contribuir com a luta contra a doença. Ao ser perguntado por Allison, o outro premiado, Honjo disse que este prêmio é "merecido". "O que ele e eu fazemos se complementa. Acredito que seja a melhor combinação possível, do meu ponto de vista", disse o japonês. A entrevista coletiva precisou ser interrompida quando ele recebeu uma ligação do primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, que o parabenizou "por ter salvado muitas vidas" graças à pesquisa. EFE

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