Leucemia mieloide crônica: conheça a história do Marcel

Depois do transplante, a expectativa é saber quando a medula passa a trabalhar no organismo. Bem Estar acompanhou o ‘Dia da Pega’. Leucemia mieloide crônica: conheça a história do Marcel Uma dor na barriga que parecia ser uma hérnia. Assim começa a história do analista de telecom Marcel Gomes Cerri. Depois de alguns exames, o diagnóstico foi devastador: leucemia mieloide crônica. “Você perde o chão, você não sabe para onde levar a vida, não sabe se a doença tem cura, tem tratamento”. A leucemia é um tipo de câncer que começa na medula óssea, tecido responsável pela fabricação de todos os elementos do sangue. A doença causa um prejuízo enorme na imunidade e nas funções do corpo. A família foi o combustível pra seguir. “Tenho um filho de quatro anos. Ele me ajudou para caramba a ter a força de querer ir atrás e buscar a cura da doença”, conta. O tratamento começou há um ano e meio. Foram muitos remédios e alguns avanços, só que não o suficiente para curá-lo. “O problema é que muitas leucemias se tornam resistentes com o tratamento. Por exemplo, nós estamos dando o remédio e essa leucemia provoca, na sua progressão, o aparecimento de algumas mutações. Com isso, criam resistência à quimioterapia. Nesse caso, a única maneira de cura seria com transplante de medula óssea”, explica o oncohematologista Celso Massumoto. Esse foi o caso do Marcel. E ele teve sorte. O doador compatível estava dentro de casa – o irmão caçula. “Foi uma experiência que jamais vou esquecer. Marcou a nossa história, nosso laço como irmãos”, relata o bancário e irmão de Marcel, Michel Gomes Cerri. “Quando trocamos a medula por uma nova, ela vai passar a reconhecer. Aí é que está a beleza do procedimento. Trocamos por um órgão novo que é capaz de identificar as células doentes e destruir especificamente essas células”, completa o oncohematologista. Após o transplante, começa a torcida e a aposta para quem vai acertar o ‘Dia da Pega’, que é quando a medula passa a trabalhar no organismo. Ela costuma acontecer entre o 14º e o 21º dia. O marcador que vai identificar isso são os neutrófilos. “Quando o paciente fica com 500 neutrófilos por dois dias consecutivos, nós dizemos que a medula enxertou – a pega medular”, explica o médico. E a boa notícia vem: a medula está funcionando! O Marcel já está em casa e se recupera bem do transplante.

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