Resolução de fim de ano parte 2: abrir espaço para o novo


Mergulhar num saudável downsizing pode ser uma experiência renovadora Somos todos, em maior ou menor grau, acumuladores. Guardamos roupas que não usamos há anos (às vezes décadas), livros que não nos interessam, objetos que não têm sequer valor sentimental. À medida que envelhecemos, chega a ser engraçado enumerar os itens da enorme lista de tralhas que nos acompanham: boletins escolares, convite da formatura, dentes de leite dos filhos a caminho de se tornarem quarentões... Por isso minha segunda sugestão de resolução de fim de ano é abrir espaço para o novo. E quando digo novo não me refiro a substituir o que foi descartado por uma leva de aquisições. Que tal nos livrarmos do que já não nos diz respeito, para poder pensar com clareza em nossa jornada? Em outras palavras, qual é a essência do que somos e o que é realmente importante em nossas vidas? Proposta de abrir espaço para o novo: que tal nos livrarmos do que já não nos diz respeito, para poder pensar com clareza em nossa jornada? http://bit.ly/2Ao1AEP Não me entendam mal: não se trata de negar o que fomos. Mas será que faz sentido guardar bilhetes apaixonados de alguém que não faz vibrar um mero acorde nostálgico? Ou será que manter esses papeis tem a função de amenizar a sensação de perda da juventude? Pois mergulhar num downsizing pode abrir caminho para experiências renovadoras. Tenho uma amiga que resolveu olhar o armário com o devido senso de desapego. Decidiu se desfazer de todas as roupas que não usava e, para ter certeza de que não se arrependeria, experimentou cada peça. O resultado: três malas cheias que ela quis levar a uma instituição de caridade, na qual acabou trabalhando como voluntária. Outra guardava bijuterias de adolescente como se ainda fosse usá-las. Um dia tomou coragem e chamou a sobrinha de 13 anos para lhe dizer que escolhesse o que quisesse. A garota se encantou com aquele mostruário vintage e agora as duas até fazem bijoux juntas. Para amortecer o impacto do processo – afinal, possuir coisas nos dá uma sensação de segurança – crie um pequeno ritual de despedida e pense nas pessoas que poderiam dar continuidade à relação que você tem mantido com esses objetos. Dei a meu filho quase todos os desenhos dele que guardava desde o maternal. Escolhi uns dez para ainda ter comigo, porque desapego é uma jornada de muitas etapas, mas os demais agora são dele, que pode decidir compartilhá-los com seus rebentos ou simplesmente jogá-los fora. Se nosso tempo está encurtando, mais um motivo para buscar prazer no que ele ainda tem para nos proporcionar.

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