Secretário-geral da ONU pede aposta por economia verde em abertura da COP 24


Presidente polonês afirmou, ainda, que o país "nunca vai desistir do carvão". A Polônia sedia a Conferência do Clima, que vai até o dia 14. Secretário-Geral da ONU, Antonio Guterres, discursa no segundo dia da COP24, nesta segunda (3). AP Photo/Czarek Sokolowski O secretário-geral das Nações Unidas, o português António Guterres, pediu nesta segunda-feira (3), na sessão inaugural da Conferência do Clima do Clima da ONU, a COP24, que acontece em Katowice, na Polônia, que governos e investidores apostem "na economia verde, não no cinza da economia carbonizada". Guterres também lembrou a necessidade de "mobilizar recursos o mais rápido possível para diminuir o avanço da mudança climática" durante o seu discurso aos delegados presentes na cúpula. Destacou, ainda, a oportunidade econômica que a transição para um modelo econômico que respeite o meio ambiente representa. "Mas para conseguir isso, é preciso eliminar os subsídios aos combustíveis fósseis, que tanto prejuízo causam ao meio ambiente", acrescentou o secretário-geral da ONU, uma mensagem que poderia ter sido dirigida expressamente à Polônia, país anfitrião da COP e no qual 80% da energia é baseada no carvão, um mineral que recebe fortes subsídios na economia polonesa. Guterres defendeu a mobilização "sem demora dos US$ 100 bilhões anuais" que os países desenvolvidos se comprometeram a investir no Acordo de Paris de 2015. Nenhum dos líderes dos principais países desenvolvidos compareceu à conferência. Polônia "nunca vai desistir do carvão", diz presidente O presidente polonês, Andrzej Duda, afirmou também nesta segunda (3) em coletiva de imprensa que o país, que sedia a COP pela terceira vez, não tem planos para remover completamente o carvão das suas fontes de energia. Segundo a agência de notícias americana AP, Duda disse que "não há planos hoje para abandonar totalmente o carvão", já que os suprimentos da Polônia podem durar mais de 200 anos. Ele disse que o carvão era o "combustível fóssil estratégico" da Polônia, garantindo sua segurança e soberania energética, e "seria difícil não usá-lo". Veja onde fica Katowice, na Polônia, que irá sediar a COP 24 Claudia Peixoto/Arte G1

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