Tecnologias dão esperança para quem perdeu a capacidade de andar

Pesquisas chegam a próteses mais leves e reabilitação feita com ajuda de robôs. Velocidade acima dos limites, ausência de cinto de segurança e beber e dirigir são as principais causas de acidentes de trânsito, que por sua vez são a maior causa de lesões medulares no Brasil, ao lado de outros traumas, como lesões medulares por mergulho em águas rasas. Para falar sobre o assunto, o Bem Estar desta sexta-feira (28) recebeu o fisiatra da AACD-SP Marcelo Ares e o médico radiologista coordenador do projeto de reabilitação do Hospital do Amor Daniel Marconi. Próteses dão chance para muitas pessoas voltarem a andar Não basta receber uma prótese, é preciso preparo para recebê-la e passar por reabilitação para usá-la. O caminho para andar com uma prótese de membros inferiores envolve desde a preparação para uma amputação correta, quando ela pode ser planejada, preparação da parte da perna que receberá a prótese (como condicionamento), reabilitação do quadril e de outras estruturas do corpo, entre outras medidas, além de auxílio de uma equipe multidisciplinar para aprender a usar o equipamento. Uma simples meia de silicone pode tornar o uso da prótese mais confortável. Realidade e pesquisa Um dos principais avanços na reabilitação é o uso de robôs que auxiliam o paciente na fisioterapia, por exemplo. Eles já são realidade em alguns centros de estudo. Ainda dentro do que é realidade há próteses cada vez mais leves, com maior mobilidade e para múltiplos usos, mas o custo ainda é uma barreira. A eletroestimulação por meio de implante de eletrodos na medula, reestabelecendo a comunicação com o sistema nervoso central, é uma linha de pesquisa hoje, assim como transplante de nervos para substituir os que foram rompidos. Exoesqueletos são espécies de robôs vestidos pelo paciente e que se comunicam com o sistema nervoso central para fazer o movimento. Algumas das barreiras dessa linha que ficou bastante famosa na penúltima Copa são como captar os comandos do cérebro e fazer o movimento funcional, que permita autonomia em diferentes situações. Além disso, as estruturas ainda são extremamente pesadas. Outro desafio são os estudos com células tronco. A dificuldade é que as células nervosas que comandam o andar são muito específicas e ainda não se conseguiu que se "transformem" nessas células tão especiais.

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