'Menor recém-nascido do mundo' tem alta do hospital de Tóquio
Médicos dizem que o bebê, nascido com apenas 268 g, é o menor menino prematuro do mundo a conseguir sobreviver e ser mandado para casa com saúde. O bebê cinco dias após nascer... Foto Hospital Universitário Keio Um recém-nascido que veio ao mundo com apenas 268 gramas teve alta na semana passada em um hospital no Japão, cinco meses após nascer. Os médicos afirmam que ele é o menor menino nascido prematuro a ir para casa com saúde. O garotinho nasceu em agosto, com apenas 24 semanas de gestação, em uma cesariana de emergência. Era tão pequeno que cabia na palma da mão do médico. Ele recebeu tratamento na UTI até semana passada, cerca de dois meses após a data em que deveria ter nascido. Ao receber alta, o bebê já estava com 3,2 kg, e agora já consegue se alimentar normalmente. "Só posso dizer que estou feliz que ele cresceu tanto, porque sinceramente eu não tinha certeza que ele iria sobreviver", diz a mãe do menino, de acordo com o Hospital Universitário Keio, em Tóquio. ... e pouco antes de deixar o hospital, pesando 3,2 kg Direito de imagemKEIO UNIVERSITY HOSPITAL O médico Takeshi Arimitsu, que atendeu o caso do garotinho, disse à BBC que ele é o menor recém-nascido do mundo do sexo masculino a receber alta do hospital, de acordo com a base de dados de menores bebês da Universidade de Iowa, nos EUA. Arimitsu diz que quer mostrar que "existe a possibilidade de que bebês saiam do hospital com saúde apesar de terem nascido pequenos". Antes do bebê japonês, o recorde pertencia a um menino nascido na Alemanha com apenas 274 gramas. A menor menina a sobreviver também nasceu no país, em 2015, e pesava 252 gramas. O Hospital Universitário Keio diz que a taxa de sobrevivência de bebês pesando menos de um 1 kg ao nascer é de cerca de 90% no Japão – o índice cai para 50% para bebês com menos de 300 g. Entre os menores recém-nascidos, a taxa de sobrevivência é muito menor para meninos do que para meninas. Os médicos não sabem dizer com certeza por que isso acontece. Alguns acreditam que pode estar ligado ao desenvolvimento mais lento dos pulmões em bebês do sexo masculino.
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