Anvisa aprova consulta pública para restrição da gordura trans na indústria


Novos requisitos e limites serão propostos para a composição dos alimentos. Estima-se que o consumo excessivo dos ácidos graxos trans tenha causado 18.576 mortes por doenças arteriais no Brasil. Gordura trans é uma das causas do desenvolvimento de doenças cardiovasculares Free-Photos/Pixabay A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta terça-feira (23) uma nova consulta pública para restringir o uso de gordura trans na indústria de alimentos. A proposta quer a implementação gradual de novos limites dessas substâncias na composição dos produtos. Segundo a agência, o projeto usou como base a análise de estudos científicos. Pesquisas mostram que o excesso de ácidos graxos trans (AGTs) na comida é responsável pelo desenvolvimento de problemas cardiovasculares. Estima-se que o consumo dessas substâncias tenha causado 18.576 mortes por doenças arteriais no Brasil em 2010. A proposta A consulta pública ficará aberta por 60 dias. A proposta é restringir, inicialmente, o teor de gordura total nos alimentos a 2% destinados ao consumidor final. O limite também seria implementado aos serviços de alimentação, como restaurantes, e teria um prazo de de 18 meses para execução. Em um segundo momento, o uso de óleos e gorduras parcialmente hidrogenadas, outro tipo de ácido graxo trans industrial, seria totalmente banido do Brasil. A medida teria um prazo extra de 18 meses para adequação. A Anvisa também propõe a elaboração de guias sobre opções tecnológicas para a substituição de óleos e gorduras e sobre as melhores práticas para a fritura de alimentos. Novas medidas regulatórias deverão complementar a proposta, como a criação de normas de rotulagem para lista de ingredientes e tabela nutricional. Caso aprovada, a medida segue as recomendações da Organização Mundial da Saúde e da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), que pedem aos governos novas ações para restringir o ácido graxo trans industrial dos alimentos até 2023. O uso dessas substâncias já foram reduzido em 49 países.

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