Programa que vai 'rever o Mais Médicos' será lançado na semana que vem, diz ministro da Saúde


Segundo Luiz Henrique Mandetta, programa batizado de Médico Pelo Brasil já foi aprovado pela Casa Civil e pela Presidência da República e lançamento depende da agenda do presidente. Luiz Henrique Mandetta, ministro da Saúde, durante evento da Organização Mundial da Saúde (OMS), sobre a epidemia mundial do tabaco, nesta sexta-feira (26), no Rio de Janeiro. Raoni Alves/G1 O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou na tarde de sexta-feira (26) que o programa que vai rever o Mais Médicos será lançado ainda nesta semana. "A Casa Civil e a Presidência da República deram o OK e na semana que vem a gente lança o Médico Pelo Brasil, o novo programa que vai rever o programa Mais Médicos", disse Mandetta a jornalistas no Rio de Janeiro. "Vamos fazer na próxima semana, falta ver a agenda do presidente", disse Mandetta. Segundo o ministro, o programa Médico Pelo Brasil é "basicamente focado na atenção primária." "[O programa Médico Pelo Brasil] é praticamente todo voltado para o que a gente chama de Brasil profundo, que são as cidades mais vulneráveis e que são as cidades que menos têm o apelo das campanhas", disse Luiz Henrique Mandetta, ministro da Saúde. "É no interior do Brasil que tem mais dificuldade para usar capacete. É no interior que o cigarro chega e a população rural fuma com palha de milho. Como é que eu chego nele, que tem menos acesso a informação? Eu tenho que ter atenção primária." Substituição do Mais Médicos O lançamento de um programa que substituiria o Mais Médicos já era aguardado desde que o ministro Luiz Henrique Mandetta assumiu o cargo. Em entrevista ao G1 em fevereiro, Mandetta já havia dito que o programa seria "reformulado" e que novas ações estavam em análise. Em maio, o Ministério da Saúde disse, em nota, que a priorização de atendimento médico para os municípios com maior vulnerabilidade social seria o foco de um novo programa que estava em elaboração. O problema dos médicos cubanos que ficaram sem trabalho e permanecem no Brasil depois da saída de Cuba do programa é uma das preocupações do ministério. Fora do Mais Médicos, os formados no exterior não podem atuar na medicina brasileira sem a aprovação no Revalida, exame que não é feito desde 2017. No último dia 10, a pasta informou ao G1 que "trabalha na elaboração de um novo programa para ampliar a atenção primária" e que está discutindo "alternativas para o exercício profissional" dos médicos de Cuba. Cronologia do Mais Médicos O programa Mais Médicos foi criado em julho de 2013 pelo governo federal para fixar profissionais em regiões mal atendidas. Em novembro de 2018, após a vitória de Jair Bolsonaro nas eleições, Cuba anunciou sua saída do programa, citando declarações 'ameaçadoras' de Bolsonaro. Em agosto, ainda em campanha, Bolsonaro declarou que ele "expulsaria" os médicos cubanos do Brasil. A promessa também estava em seu plano de governo. Ainda em novembro de 2018, governo Michel Temer publicou um edital com 8.517 vagas para o programa, ofertadas a médicos com registro no Conselho Regional de Medicina do Brasil. O Ministério da Saúde disse, em fevereiro, que todas as vagas disponíveis haviam sido preenchidas. No entanto, cerca de 19% dos médicos brasileiros que entraram no Mais Médicos desistiram de participar do programa até o mês de maio. Em dezembro de 2018, um segundo edital foi lançado para preencher 1.397 vagas remanescentes com brasileiros formados no exterior. No começo de março de 2019, esses médicos sem diploma brasileiro iniciaram a fase de acolhimento obrigatória. No início de maio de 2018, um terceiro edital foi lançado com 2.000 vagas para municípios vulneráveis.

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