Partículas de queimadas na África 'viajam' mais de 6 mil quilômetros e mudam cor do céu em Fortaleza


De acordo com a Funceme, parte da fumaça e gases provenientes das queimadas que acontecem na África cruzaram o oceano Atlântico e foram observadas na capital cearense. Céu de Fortaleza (à esquerda) dias antes do pico de queimadas na África, em à direita, foto registrada no dia 20 de agosto Lívia do Nascimento Sampaio A cor do céu de Fortaleza mudou na última semana devido a partículas de queimadas na África, de acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). De acordo com o órgão, parte da fumaça e gases provenientes das queimadas que acontecem na África estão conseguindo cruzar o oceano Atlântico Sul, chegando até o litoral cearense, a mais de 6 mil quilômetros de distância. “Usando informações provenientes do Serviço de Monitoramento da Atmosfera pelo Programa Copernicus (CAMS), foi possível comprovar que aerossóis (partículas sólidas suspensas na atmosfera) resultantes da queima de biomassa na África estavam, em determinados momentos, conseguindo chegar no Ceará, principalmente no norte do estado”, disse o meteorologista Raul Fritz. Céu de Fortaleza mudou devido a partículas de queimadas na África Almir Gadelha/TV Verdes Mares Ainda de acordo com o pesquisador, as partículas pequenas chegaram em menor concentração devido à longa distância percorrida, mas mesmo assim foi suficiente para ser percebida com as alterações próximo ao pôr-do-sol. Segundo a Funceme, o céu estava menos límpido e com visibilidade horizontal menor. Queimadas Amazônia As partículas geradas pelas queimadas na Amazônia não chegam ao Ceará devido à circulação dos ventos. “Ela (circulação) teria que ser contrária a que se apresenta atualmente. Já da África, a gente vê o movimento deles se dá em nossa direção, ou seja, com propagação de leste para oeste”, disse o meteorologista. Dados Esse ano o Ceará já registrou, este ano, 337 focos de queimadas este ano. De acordo com o Inpe, os picos no estado acontecem outubro e dezembro, quando as médias são maiores que mil. Em 2018, foram detectados 3.034 focos no Ceará.

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