Em Xangai, paciente com suspeita de coronavírus tem histórico de consumo de carnes selvagens

Nas primeiras 12 horas desta quarta (29), horário local, mais 16 casos de coronavírus foram confirmados em Xangai. Ao todo, as infecções por coronavírus já mataram ao menos 132 pessoas na China; em todo o país, há 5.997 casos suspeitos. Homem passa por mercado de frutos do mar de Wuhan Huanan, onde se suspeita que a nova cepa de coronavírus teria começado a se espalhar. Kyodo News/AP As infecções por coronavírus na China já mataram ao menos 132 pessoas até esta quarta-feira (29) – 125 destas mortes estão na província de Hubei e, destas, 104 ocorreram em Wuhan, cidade de 11 milhões de habitantes considerada o epicentro da doença. Em todo o país, há 5.997 casos suspeitos. Pico de infecções por coronavírus deve ocorrer em 10 dias, afirma China A cerca de 800 km dali, em Xangai, um dos 96 pacientes internados com suspeita de coronavírus viajou para a província de Guangdong, no Sul da China, e consumiu carne de animais selvagens, de acordo com Wu Jinglei, diretor da Comissão de Saúde de Xangai. Segundo Wu, 71 dos 96 pacientes com o vírus viajaram ou já moraram em Hubei – entre eles, 22 tiveram contato com pacientes infectados, e 2 não estiveram na região considerada o epicentro da doença. Nas primeiras 12 horas desta quarta (29), horário local, mais 16 casos de coronavírus foram confirmados em Xangai. Coronavírus: autoridades chinesas alertam que número de casos deve subir até estabilizar A transmissão de humanos para humanos já está comprovada, mas o caso de Xangai reforça a hipótese de que o consumo de carne de animais selvagens pode estar ligado ao início da epidemia. Para evitar a proliferação do vírus, Xangai intensificou o rastreamento de infecções em cruzamentos, portos, docas, estações de trem, aeroportos e comunidades. China diz que novo coronavírus pode se espalhar antes do aparecimento de sintomas O coronavírus é uma família de vírus que pode infectar seres humanos e muitas espécies animais, incluindo suínos, bovinos, cavalos, camelos, gatos, cães, roedores, pássaros, morcegos, coelhos, furões, roedores, cobras e outros animais selvagens. Uma pesquisa feita com base em 276 genomas possíveis de animais hospedeiros aponta que a infecção por coronavírus pode ter ocorrido pelo consumo de cobras. O estudo é da Universidade de Pequim e da Universidade de Bioengenharia de Wuhan, e publicado na quarta-feira (22), no "Journal of Medical Virology". "Os resultados de nossa análise sugerem que a cobra é o reservatório de animais silvestres mais provavelmente responsável pelo atual surto de infecção por 2019-nCoV", conclui o estudo. A transmissão teria começado entre espécies de serpentes e de serpentes para humanos. Análises anteriores também mostraram que o sequenciamento genético do vírus vinha de morcegos, mas foi descartada a possibilidade deles serem a fonte direta. Em vez disso, o coronavírus recém-descoberto provavelmente pulou de cobras para humanos – especificamente de uma espécie conhecida como "Chinese Krait" ou cobra chinesa (Bungarus multicinctus). Casos de coronavírus pelo mundo – 28/01 às 10h30 Arte G1 Ciclo do novo coronavírus - transmissão e sintomas Aparecido Gonçalves/Arte G1 Initial plugin text .
Texto completo







