O novo coronavírus levará a um salto na utilização de robôs


Cientistas afirmam que máquinas passarão a realizar o trabalho sujo e perigoso Na História da humanidade, as guerras sempre serviram para produzir saltos tecnológicos. Embora infelizmente o foco seja o poder de destruição das armas, a medicina também se beneficia e um bom exemplo disso ocorreu após a Primeira Guerra Mundial: os mutilados pelo conflito levaram a cirurgia plástica a se tornar uma especialidade de ponta para reparar as sequelas dos sobreviventes. No combate ao novo coronavírus, já está claro para os cientistas que o papel dos robôs nunca mais será o mesmo depois da pandemia: ela servirá como elemento catalisador para uma utilização muito mais ampla das máquinas inteligentes, que ficarão encarregadas do trabalho maçante, sujo e perigoso. A pandemia do novo coronavírus provavelmente levará à ampliação do uso de robôs nas tarefas de maior risco https://ift.tt/2WP9QK3 A discussão é o tema central da edição da revista eletrônica “Science Robotics”, lançada na semana passada. Como explica Henrik Christensen, diretor do Contextual Robotics Institute, ligado à Universidade da Califórnia San Diego, os robôs serão fundamentais nos serviços de descontaminação; em todo o processo de logística para recolhimento e manejo de lixo hospitalar; no monitoramento de quarentenas. Seu emprego na telemedicina crescerá exponencialmente. Os pesquisadores afirmam que a eficiência das máquinas é incomparável na tarefa de desinfetar as superfícies contaminadas pela Covid-19. “Já estamos vendo robôs sendo utilizados na higiene de áreas infectadas, na medição de sinais vitais, no monitoramento de controle nas fronteiras e na entrega de alimentos e remédios. As oportunidades são imensas. Novas gerações de robôs, grandes, médios e micro, poderão ser empregadas sem o risco de espalhar a doença”, escreveram. Segundo os cientistas, a pandemia será um ponto de inflexão importante sobre a forma como as organizações operam, com uma progressiva valorização dos encontros virtuais, em detrimento dos presenciais. Será o caminho natural para a humanidade se proteger de agentes patogênicos. Em outra frente tecnológica, espera-se que as máquinas se tornem mais sofisticadas em seu potencial de interação social, depois da dura experiência de isolamento imposta nos quatro cantos do planeta. Estudo publicado também na semana passada mostra a relevância da telemedicina para reduzir o peso da Covid-19 na saúde mental das pessoas. No artigo, Xiaoyun Zhou e coautores enfatizaram que pacientes que tiveram suporte virtual conseguiram lidar melhor com a ansiedade e a depressão que podem acompanhar situações críticas de isolamento, perda de renda e de autonomia.

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