Exonerado, ex-presidente do CNPq diz que soube da sua saída pelo Diário Oficial
Azevedo estava à frente do conselho de fomento à ciência desde fevereiro de 2019. João Luiz Filgueiras, presidente do CNPq desde 1º de fevereiro, afirma que o orçamento de 2019 definido na LOA só garante o pagamento de bolsas de pesquisa até setembro Marcelo Gondim/CNPq Até então presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), João Luiz Filgueiras de Azevedo afirmou, em entrevista ao G1, que soube da sua exoneração na manhã desta sexta-feira (17), quando foi publicada a portaria no Diário Oficial da União. Presidente do CNPq, João Luiz Filgueiras de Azevedo é exonerado "Eu sabia que iria acontecer, mas não sabia quando. Soube hoje pelo Diário Oficial. Não foi surpresa", afirmou. Azevedo estava à frente do conselho de fomento à ciência desde fevereiro de 2019. De acordo com a Associação de Servidores do CNPq, a exoneração está ligada ao posicionamento de Azevedo que pedia mais verbas e autonomia para a entidade. Questionado pelo G1, Azevedo afirmou "eu era presidente do CNPq, minha função era defender o CNPq." Ele disse que agora voltará às atividades de pesquisa, afirmou que o importante é garantir que o CNPq siga com suas atividades e referendou a escolha de Evaldo Ferreira Vilela, presidente da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), que foi nomeado para assumir o cargo. "O importante é o CNPq, o Vilela é experiente, a gente torce para ter uma boa gestão", afirmou. O G1 entrou em contato com o CNPq perguntando o motivo da troca, mas não recebeu a informação até a publicação desta reportagem. O conselho é vinculado ao Ministério de Ciência e Tecnologia (MCTIC), mas a exoneração é assinada pelo general Braga Netto, da Casa Civil. Azevedo é engenheiro aeronáutico pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), e tem doutorado em Aeronautics and Astronautics Engineering pela Universidade de Stanford. Vilela é agrônomo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), e tem doutorado em ecologia química pela Universidade de Southampton, no Reino Unido. Ele também possui estágios como pós-doutor nas Universidades de Tsukuba (Japão), Nurnberg-Erlangen e California-Berkeley.
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