Secretário do Ministério da Saúde diz que quem pega coronavírus desenvolve imunidade: 'Não existe nenhuma comprovação de que possa ter uma reinfecção'


Em entrevista coletiva neste sábado sem presença de Mandetta, João Gabbardo dos Reis disse que parte da população terá 'anticorpos e poderá circular livremente': 'Não vão nem adquirir nem transmitir a doença'. Ele também afirmou: 'O mundo todo está correndo atrás de testes'. O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, em entrevista coletiva neste sábado (4) Reprodução/GloboNews Em entrevista coletiva neste sábado (4) no Palácio do Planalto para apresentar o mais recente balanço sobre o avanço da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) no Brasil, o Secretário-Executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, afirmou que as pessoas que pegam Covid-19 desenvolvem imunidade à doença. Ele também defendeu a aplicação de testagem maciça no país para, no futuro, liberar a circulação de quem não tiver mais a possibilidade de se infectar novamente. Na apresentação – na qual não esteve presente o Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta –, o secretário disse que "vamos ter uma parte da população que já vai estar com anticorpos e pode circular livremente pela sociedade" (veja, abaixo, outros destaques da coletiva). "Essa parte da população já não vai ter mais possibilidade de transmitir a doença – e não existe, até o momento, nenhuma comprovação de que possa ter uma reinfecção. Somos favoráveis a isso. Eu não sabia desse termo ['passaporte imunológico'], mas é o que estamos esperando. Elas [as pessoas] não vão nem adquirir nem transmitir a doença." O termo "passaporte imunológico" havia sido mencionado na pergunta que motivou o comentário de Gabbardo. Era uma referência a uma ideia citada mais cedo neste sábado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, em videconferência com empresários do setor varejista organizada pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL). Na ocasião, Guedes afirmou: "Hoje de manhã conversávamos com um amigo na Inglaterra que criou o passaporte de imunidade. Ele faz 40 milhões de teste. Ele coloca disponíveis para nós, brasileiros, 40 milhões de testes por mês". Segundo Guedes, a proposta já foi encaminhada ao presidente Jair Bolsonaro e aos ministros Walter Souza Braga Netto (Casa Civil) e Mandetta. Gabbaro disse ser "totalmente favorável" à proposta do ministro da Economia. "Os testes rápidos vão servir para isso. Queremos que o profissional de saúde, se ele estiver doente, se ele estiver com sintomas, ele pode sair do isolamento um pouco mais cedo, se a gente tiver a confirmação de que ele está com segurança imunológica para sair de casa e voltar para o trabalho", explicou. Veja, a seguir, outros destaques da coletiva deste sábado: Taxa de letalidade deve cair no Brasil Gabbardo afirmou que a curva de expansão dos casos de coronavírus no Brasil está "tranquila, abaixo das curvas de crescimento da Espanha, Itália, Estados Unidos nesse período do caso 100 até hoje". O secretário comentou ainda o aumento recente da taxa de letalidade da Covid-19 no país. "A letalidade ter aumentado tem muito a ver com a quantidade de testes que a gente vai fazer. Possivelmente, nas próximas semanas com acréscimo na testagem, há uma tendência de reduzir taxa de letalidade. A partir da próxima semana, vamos aumentar testagem, e a letalidade vai reduzir." 'Aceleração descontrolada' Um relatório do Ministério da Saúde divulgado nesta sexta-feira (3), informou que quatro estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Amazonas) e o Distrito Federal podem estar em transição de fase epidêmica do novo coronavírus, passando de transmissão localizada para aceleração descontrolada da pandemia. Na apresentação deste sábado, Gabbardo comentou essa mudança. "Estamos adotando medidas, reduzindo cirurgias eletivas. Os cinco em que nós estamos percebendo que essa transição para aumento maior de casos nas próximas semanas", afirmou. "Já prevíamos desde o início, são estados em que há uma relação de viagens internacionais maior. A gente espera que não continue sendo assim. A gente sabe que, quando começar o inverno, a tendência é uma migração [da epidemia] para a região Sul. Quando começar o frio, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina vã começar a apresentar maior número de casos e vão nos preocupar mais." Contaminação maior em jovens no Brasil "O percentual [de mortes] no Brasil é um pouco maior que em outros países entre os jovens. Não sabemos explicar por que isso acontece, mas não é número relevante, que nos surpreenda", explicou o secretário. Initial plugin text

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