Ao suspender teste de hidroxicloroquina, OMS também excluiu cloroquina de projeto de pesquisa internacional


Entidade nem mesmo chegou a testar a cloroquina, mas, formalmente, anunciou que os cientistas de cem países de uma rede que ela criou não vão colocar a droga em ensaios clínicos. OMS suspende temporariamente testes com hidroxicloroquina para tratamento da Covid-19 A Organização Mundial de Saúde (OMS), ao anunciar, na segunda-feira (25), a suspensão de testes com a hidroxicloroquina em pesquisas que ela coordenava com cientistas de 100 países, formalizou também em sua página na internet a decisão de retirar a cloroquina das opções de medicamento em estudo para tratar a Covid-19 –ainda que, na prática, esse medicamento nem tenha sido colocado em testes. "De acordo com o protocolo do estudo inicial, a cloroquina e a hidroxicloroquina foram selecionadas como possíveis drogas a serem testadas no estudo Solidariedade. No entanto, o teste só foi realizado com a hidroxicloroquina; então, a cloroquina foi removida desta página como uma opção de tratamento listada em estudo", diz o site da OMS. OMS suspende testes com hidroxicloroquina contra a Covid-19 Pesquisa com 2,5 mil pacientes em 13 hospitais nos EUA não vê eficácia da cloroquina contra a Covid-19 Estudo com 96 mil pacientes não encontra benefício de uso de cloroquina contra Covid-19 Sociedade Brasileira de Cardiologia diz que não recomenda cloroquina, mas vai ajudar a monitorar efeitos colaterais com eletrocardiograma Reprodução de imagem de difosfato de cloroquina Fantástico A suspensão temporária foi tomada até que a segurança da hiroxicloroquina seja reavaliada, já que estudos recentes não encontraram eficácia contra a Covid-19 e há indícios de que ela pode aumentar a taxa de mortalidade. A OMS diz que estão mantidos os demais testes dentro da iniciativa internacional de cientistas, batizada de "Solidariedade". Além do medicamento agora vetado, os pesquisadores ainda avaliam em pacientes o resultados de três tipos de antivirais e de um remédio usado para tratar esclerose múltipla (leia mais abaixo). De acordo com a cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, a cloroquina não era usada nos testes da iniciativa Solidariedade. Tanto a cloroquina quanto a hidroxicloroquina usam o mesmo princípio ativo, mas a cloroquina é considerada potencialmente mais tóxica. A hidroxicloroquina, composta por uma versão "atenuada" da substância, é considerada mais segura e é usada em tratamentos de longo prazo. O diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que a suspensão foi determinada depois da divulgação dos resultados do estudo publicado na sexta-feira (22) na revista científica "The Lancet". A pesquisa, feita com 96 mil pessoas, apontou que não houve eficácia das substâncias contra a Covid-19 e detectou risco de arritmia cardíaca nos pacientes que as utilizaram. Cloroquina e hidroxicloroquina no Brasil Mesmo sem evidências científicas que comprovem a eficácia dos medicamentos contra a Covid-19, o Ministério da Saúde divulgou, na semana passada, um documento com orientações para uso da cloroquina. A droga foi motivo de discórdia entre dois ex-ministros da Saúde e o presidente Jair Bolsonaro. Tanto Luiz Henrique Mandetta quanto Nelson Teich, ambos médicos, alertaram para os efeitos colaterais dos remédios, mas, mesmo assim, Bolsonaro defendeu o uso deles contra a Covid-19. Mandetta foi demitido; Teich pediu demissão menos de um mês após assumir o cargo. Além da questão da cloroquina, os dois ex-ministros divergiram do presidente quanto ao isolamento social. Logo após a divulgação do documento pelo governo brasileiro, que recomendava o uso dos remédios contra a Covid-19, especialistas brasileiros emitiram notas contra a decisão. A própria OMS e a Opas, braço da organização nas Américas, também reafirmaram que não recomendam nem a cloroquina nem a hidroxicloroquina para tratar a Covid-19 fora de ensaios clínicos. Initial plugin text

Texto completo




Posts Relacionados
          Envie por E-mail  

0 comentários: