Líderes mundiais criticam ruptura dos Estados Unidos com a OMS


Ministro da Saúde alemão chamou a decisão de 'sério revés para a saúde mundial'. O presidente americano anunciou o rompimento na sexta-feira (29). Foto, tirada em 29 de maio, mostra o letreiro da sede da Organização Mundial de Saúde (OMS) em Genebra, na Suíça. Fabrice Coffrini/AFP Vários líderes mundiais criticaram, neste sábado (30), a decisão do presidente americano, Donald Trump, de romper relações com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Trump comunicou a ruptura na sexta-feira (29). O ministro da Saúde alemão, Jens Spahn, afirmou em uma mensagem no Twitter que a decisão é um "sério revés para a saúde mundial". Ele disse, ainda, que considera que a União Europeia deve se "comprometer mais" com a OMS do ponto de vista financeiro. "Para que a OMS tenha futuro precisa de reformas", destacou Spahn. O ministro afirmou que uma das prioridades da Alemanha, ao assumir a presidência da União Europeia no dia 1º de julho, será reforçar a presença do bloco na OMS. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o chefe de relações internacionais da União Europeia, Josep Borrell, pediram neste sábado que os EUA reconsiderem a decisão. “A OMS deve continuar a ser capaz de coordenar a resposta internacional a pandemias, atuais e futuras. Por isso, a participação e o apoio de todos são necessários e indispensáveis”, diz o comunicado conjunto. Críticas Trump não poupa críticas à China ao anunciar que vai cortar os vínculos como a OMS Trump já vinha fazendo várias críticas à atuação da OMS durante a pandemia de Covid-19, afirmando que a organização havia escondido informações dos EUA no início do surto e que estava sendo complacente demais com a China. O presidente americano já havia cortado, temporariamente, o financiamento à entidade. No mês passado, o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, chegou a ser questionado por um repórter americano se permaneceria no cargo, porque, segundo o jornalista, uma das condições desejadas por parlamentares dos EUA para restabelecer o financiamento seria justamente um pedido de demissão dele. Tedros respondeu que continuaria a trabalhar "dia e noite" no cargo. Os Estados Unidos são o país com mais mortes pela Covid-19 no mundo: quase 103 mil no início da tarde deste sábado (30), segundo monitoramento da universidade americana Johns Hopkins. No Brasil, esse número chegou são 28 mil vítimas, segundo levantamento feito pelo G1 junto às secretarias estaduais de Saúde. Países com mais mortes por Covid-19 em 30/05 Initial plugin text

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