UFTM inicia pesquisa sobre resposta imune à Covid-19 em pacientes de Uberaba
Proposta é acompanhar 2 mil pessoas diagnosticadas com a doença. Projeto foi aprovado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa. Laboratório onde será realizada a pesquisa da UFTM UFTM/Divulgação Uma equipe com mais de 50 pesquisadores da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), com a colaboração de alunos da pós-graduação, iniciou um projeto de pesquisa que vai avaliar a resposta imune na infecção pela Covid-19 em pacientes de Uberaba. O projeto propõe, inicialmente, a avaliação, o diagnóstico e o acompanhamento de 2 mil pacientes. Pessoas com diagnóstico positivo de coronavírus, internados em qualquer hospital de Uberaba ou que estiverem em casa, serão convidados a participarem da pesquisa. Os exames serão realizados na UFTM, com equipamentos e a expertise da instituição. Essa é a primeira pesquisa da UFTM aprovada pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), que é diretamente ligada ao Conselho Nacional de Saúde (CNS). Segundo a universidade, há outros quatro projetos submetidos que aguardam análise da Conep. A avaliação da Comissão inclui aspectos éticos, científicos, infraestrutura e a equipe de pesquisa. Coronavírus: UFTM não sofre alteração em pesquisas e orçamento de 2020 A pesquisa De acordo com o coordenador da pesquisa, professor Virmondes Rodrigues Junior, muitas informações sobre a progressão da infecção e o controle pelo sistema imune ainda não estão disponíveis, assim como não há ainda indicadores biológicos de risco de progressão para as formas mais graves. "Diante desse desafio, propomos analisar em pacientes com infecção grave, internados em unidades de terapia intensiva e em pacientes com formas moderadas, em tratamento domiciliar, marcadores da resposta imune avaliando sua expressão e concentração nas diferentes apresentações clínicas e desfecho da evolução”, explicou. Também serão avaliados os níveis de anticorpos IgM e IgG anti SARS CoV-2, presença de antígenos virais na urina e os níveis séricos de mediadores que controlam a inflamação. Virmondes afirmou que a ideia é investigar moléculas do sistema de defesa do corpo humano, no sistema imune, que atuam contra o vírus, mas que também podem causar inflamação. "Na medida correta, que ainda não sabemos, combatem o vírus. Se em excesso, causam inflamação muito forte e prejudicam o paciente. Mas se fraca demais, não são capazes de controlar a infecção. Estudando essas moléculas chaves no processo, poderemos contribuir para as estratégias de tratamento e controle da infecção”, detalhou o pesquisador. Virmondes lembrou, ainda, trabalho da equipe e o compromisso em contribuir com a ciência e com a comunidade. "É um exemplo de como a universidade e a pesquisa brasileira contribuem para os enfrentamentos de grandes problemas brasileiros”, concluiu. Professor Virmondes Rodrigues Junior é o coordenador da pesquisa Marco Clemente/UFTM Initial plugin text
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