Cada pessoa infectada com Covid-19 transmitiu doença para outras 3 nos primeiros meses da epidemia no Brasil, mostra estudo na 'Nature'


Pesquisa publicada nesta sexta-feira (31) na revista, uma das mais importantes do mundo, descreve as características epidemiológicas da doença no país. Mais de 90 mil pessoas morreram pela infecção em solo brasileiro. 26 de junho de 2020: Parente de Francisco das Chagas Ferreira, que morreu aos 59 anos por causa da COVID-19, no cemitério Parque Taruma, em Manaus, durante a pandemia do novo coronavírus no Brasil Bruno Kelly/Reuters Uma pesquisa publicada nesta sexta-feira (31) na "Nature", uma das revistas científicas mais importantes no mundo, mostra que, entre fevereiro e maio, cada pessoa infectada com a Covid-19 no Brasil infectou, em média, outras três com a doença. O estudo descreve as características epidemiológicas da doença no país, onde mais de 90 mil pessoas morreram por causa da infecção. A pesquisa foi conduzida por cientistas do Instituto de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da USP, da Universidade de Oxford e do Imperial College de Londres. O Brasil teve uma taxa de transmissão mais alta se comparado a países como Itália, França, Reino Unido e Espanha, cujas estimativas ficaram entre 2,5 e 2,6. Isso significa dizer que, nesses países, uma pessoa infectada contaminava, em média, entre 2 e 3 outras. Esse índice é chamado de R0, e identifica quantas pessoas uma pessoa infectada é capaz de contaminar com uma doença. Para que a transmissão de uma infecção seja contida, esse número precisa ficar abaixo de 1 (ou seja, é preciso que uma pessoa infectada não consiga contaminar nenhuma outra). Os cientistas frisaram, entretanto, que, como os valores são uma média, os índices do Brasil podem se aproximar, na prática, daqueles dos países europeus. "Também observamos a rápida disseminação da Covid-19 pelo país, com municípios mais populosos e com melhor conexão sendo afetados mais cedo e municípios menos populosos sendo afetados em um estágio posterior da epidemia", escrevem os pesquisadores no estudo. Pesquisa da UFPel aponta que número de pessoas com anticorpos do coronavírus cresce no RS

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