Amazônia se aproxima do ponto em que não vai mais se recuperar
Antes da chegada de seres humanos à Amazônia, incêndios eram bastante raros. Quase 15 mil anos depois, a cobertura florestal da região está chegando a um ponto em que não mais vai se recuperar dos níveis atuais de desmatamentos e queimadas, uma destruição jamais ocorrida nos últimos 100 mil anos. Nesse ritmo, a floresta será substituída por uma savana (pastagem com poucas árvores) ainda neste século.
Foi a essa conclusão sombria que o biólogo Mark Bush, do Instituto de Tecnologia da Flórida, chegou em sua pesquisa "Novos e recorrentes pontos de inflexão: a interação do fogo, mudança climática e desmatamento nos ecossistemas neotropicais", publicada nos Anais do Jardim Botânico de Missouri, nos Estados Unidos.