Cientista quer usar 'vidro' para frear derretimento do gelo do Ártico
Uma das consequências do aumento da temperatura global é o derretimento acelerado de calotas polares, que, além de ameaçar todo o ecossistema, pode varrer completamente cidades costeiras do mapa. Para que catástrofes não ocorram, diversos estudos propõem métodos peculiares envolvendo a chamada geoengenharia, intervenção humana deliberada e em grande escala no sistema climático da Terra. Leslie Field, engenheira de Stanford, de acordo com a BBC News, tem a sua ideia: espalhar "vidro" por todo o Ártico.
Não se trata, necessariamente, de vidro em si, mas de dióxido de silício modificado, presente na areia em sua forma original. A abordagem, promovida pelo Arctic Ice Project, segundo a pesquisadora, criaria uma proteção extra sobre o gelo, refletindo raios solares com mais intensidade e dando a ele mais tempo para que se recupere em seu ciclo. Para auxiliá-la, um fabricante transformou a matéria-prima em bolinhas minúsculas e brilhantes, com cerca de 65 micrômetros de diâmetro, mais finas que o cabelo humano e grandes demais para serem inaladas e causarem problemas pulmonares, além de ocas por dentro.