A Fazenda 13 promove entretenimento a partir de caso de assédio (coluna)
Na semana passada, discutimos aqui a nossa (quase) inexplicável paixão por reality shows, especialmente por aqueles que atiçam o gosto de dar uma espiadinha na vida alheia. Se naturalmente já gostamos de olhar a intimidade dos outros, os reality shows funcionam como se fossem um mini-laboratório da fofoca preparados apenas para nos dar esse prazer.
Mas há prazeres e prazeres. No texto anterior, quando comentei sobre a estreia de A Fazenda 13, teci algumas considerações sobre a diferença entre este programa da Record e seu “rival” na Globo, o Big Brother Brasil. Arrisquei dizer que eles se distanciam principalmente por um fator: o elenco. É como se BBB representasse a primeira divisão dos realities, com anônimos e famosos de primeiro escalão; já A Fazenda é assumidamente a segunda divisão, e por isso mesmo costuma apostar nas “rebarbas” de outros programas, como o próprio BBB, Power Couple e De férias com o ex. Dá até pra dizer que esta é graça de A Fazenda: o fato de ser assumidamente trash, ou seja, menos pretensioso que a atração global.