Cibercrime e o espetáculo por reconhecimento: uma entrevista com Lapsus
Faz sete anos que passeio entre fontes, grupos, fóruns, painéis e sites cibercriminosos para entender esse mundo. Se a velha escola do jornalismo dependia muitas vezes do vazamento de informações ou de documentos sensíveis para um furo de reportagem — e por documentos eu quero dizer papéis físicos —, agora os leaks e os dumps que chegam às centenas nas mãos de jornalistas são os novos motores da revelação de algo que impacta negativamente a sociedade ou que destranca uma informação relevante ao público. O modus operandi é o mesmo: mudam os meios.
O seu banco não cuidou de seus dados como deveria, aquela loja de ecommerce deixou acessarem os dados de seu cartão de crédito, um governo se provou amador na cibersegurança e teve um ministério atacado afetando a população. Todas as notícias que envolveram temas como esses ou similares possuem o mesmo fator em comum, que é a assinatura.