Alzheimer: mutação genética no cérebro pode reduzir risco da doença
Em um tempo no qual qualquer menção a “mutações” em notícias científicas pode representar um pesadelo quando se trata da pandemia do coronavírus, biólogos da Universidade da Califórnia em Irvine (UCI), nos Estados Unidos, detectaram uma mutação genética benigna. Trata-se da variação do gene PLCG2, conhecida como P522R, que orienta a produção de micróglia, uma enzima importante para as células do sistema imunológico cerebral.
Ocorre que a micróglia está fortemente ligada à evolução e ao agravamento da doença de Alzheimer (DA). De acordo com o pesquisador sênior do estudo, o neurobiólogo Hayk Davtyan, a P522R "mostrou reduzir o risco de desenvolver Alzheimer de início tardio”. Isso acontece porque a mutação eleva os níveis de diversos genes microgliais, "que são reduzidos em pessoas com Alzheimer".