EUA restringem vistos para cubanos responsáveis por programas de médicos no exterior


Em comunicado, Departamento de Estado afirma que as iniciativas persuadem os profissionais a usarem o serviço médico como 'ferramenta política'. Bandeiras de Cuba e do Brasil em carrinho de médico cubano que embarcou para Havana nesta quinta (22) Marília Marques/G1 O governo dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira (30) que restringirá vistos de funcionários de Cuba responsáveis pelo programa de missões de médicos cubanos no exterior. Em comunicado, o Departamento de Estado norte-americano alega que os programas colocam os médicos em situações adversas, como: Longas jornadas com privação de sono Salários ruins Alojamentos inseguros Restrição nos deslocamentos Retenção de passaporte Além disso, segundo o documento, o regime de Havana força profissionais cubanos no exterior a usarem o serviço médico como ferramenta política, ao prover assistência em troca de lealdade. "Qualquer programa que coaja, ponha em perigo e explora seus próprios funcionários é fundamentalmente falho", diz a nota. "Pedimos aos governos que atualmente têm parceria com programas de médicos cubanos no exterior que assegurem as garantias contra abuso e exploração trabalhista", completa a nota. Pedidos de refúgios de cubanos quase triplicam após saída do Mais Médicos Na semana passada, um grupo de médicos cubanos denunciou em Nova York, à margem da Assembleia da ONU, a "escravidão" sofrida quando integravam as missões internacionais do governo de Havana. Ao menos 600 mil cubanos prestaram serviços médicos, em cerca de 160 países, nos últimos 55 anos, segundo o governo cubano, que defende a solidariedade de sua "diplomacia dos jalecos brancos". Convênios na mira dos EUA 'Mais Médicos' chegaram ao Ceará em 2013 com contrato de trabalho de três anos Arquivo/TV Verdes Mares Não é a primeira vez que programas de médicos cubanos no exterior entram na mira do governo norte-americano. Em junho, os EUA incluíram Cuba na categoria mais severa de países com tráfico de pessoas – citando, inclusive, a parceria com o programa Mais Médicos, encerrada em novembro do ano passado. De acordo com o relatório, Cuba se retirou do programa após os pedidos do então presidente eleito Jair Bolsonaro para "melhorar o tratamento e as condições de emprego dos profissionais de saúde cubanos depois de denúncias de coerção, não pagamento de salários, retenção de passaportes e restrições no movimento". Veja diferenças entre o Mais Médicos e o programa Médicos Pelo Brasil Governo regulamenta concessão de residência a cubanos que atuaram no Mais Médicos Na ocasião, o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, respondeu pelo Twitter: "Isto é o que as ideias conservadoras que imperam nos EUA confundem com tráfico de pessoas. Denunciamos esta acusação imoral, mentirosa e perversa".

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