De grandes franquias a jogos indie: os 12 melhores games de 2019
Comum em todo final de ano, uma restrospectiva sempre passa por nossa cabeça, nos fazendo lembrar de nossos melhores momentos. Em 2019, tivemos momentos bons na indústria dos games, com lançamentos que fizeram parte de um ano de conquistas para muitas desenvolvedoras, bem como continuações, finais ou remakes de franquias aguardadas há décadas.
Separamos uma lista com os 12 melhores jogos de 2019 para você. Confira abaixo:
As séries mais pirateadas de 2019
A tradicional lista da TorrentFreak com as séries mais pirateadas do ano chegou para confirmar o que quase todo mundo já sabia: a última temporada de Game of Thrones foi a produção com o maior número de download em 2019. Vale ressaltar que o seriado da HBO está na liderança pelo sétimo ano consecutivo.
Outras séries que costumam aparecer na lista conseguiram manter seu lugar no pódio. Entre elas temos a última temporada dos nerds mais amados da TV de The Big Bang Theory, os navegadores nórdicos de Vikings e o mundo zumbi de The Walking Dead.
Uncharted: filme com Tom Holland perde diretor novamente
A adaptação de Uncharted para o cinema perdeu mais um diretor. De acordo com o Deadline, Travis Knight não será mais o responsável por comandar o filme, que teve sua produção atrasada, gerando um conflito de agenda para o diretor.
A Sony está priorizando a produção do terceiro longa de Homem-Aranha, que terá Tom Holland como protagonista. Em Uncharted, Holland irá interpretar Nathan Drake, personagem principal dos jogos, por isso a data de produção do filme precisou ser adiada. A Sony não comentou sobre a saída do diretor.
The Witcher: fãs criam vídeo com todos ‘Hmm’ ditos por Geralt
The Witcher, adaptação produzida pela Netflix da série de livros criada por Andrzej Sapkowski, já conta com meme em sua primeira temporada, devido aos “grunhidos” de “hmm” de Geralt de Rivia. Em vídeo criado e publicado no Reddit por fãs, foi feita uma compilação de todos os momentos nos quais o personagem de Henry Cavill murmura o som repetitivamente, ao longo dos episódios.
Nessa hilária edição, de aproximadamente um minuto, as variações da palavra estão ligadas a momentos de consideração, raiva, frustação, entre outros sentimentos do protagonista, apelidado pelos criadores da pequena produção de “Geralt de Hmmmvia”. Confira abaixo:
Disney+ pode ter cancelamento em massa após fim de O Mandaloriano
O serviço de streaming Disney+ pode ter uma redução brusca de assinantes a partir de janeiro de 2020. O motivo? Uma de suas produções originais, O Mandaloriano, teve a primeira temporada encerrada.
Segundo o site ComicBook, as redes sociais estão cheias de comentários de fãs de Star Wars que anunciaram o fim da assinatura após assistir ao último episódio das aventuras de Mando e Baby Yoda. A série até está renovada para uma segunda temporada que já teve a produção iniciada, mas só deve estrear entre setembro e dezembro de 2020.
As imagens mais impressionantes do espaço em 2019
Com algumas grandes missões, 2019 trouxe para a Terra imagens impressionantes do sistema solar e do Universo afora. Com algumas grandes missões, 2019 trouxe para a Terra imagens impressionantes de todo o Sistema solar. Enquanto isso, alguns dos nossos telescópios mais poderosos foram exercitados nos elementos mais fascinantes do Universo. Aqui estão algumas das melhores imagens produzidas: NASA/JPL-CALTECH/SWRI/MSSS/KEVIN M. GILL/BBC A espaçonave da Nasa, Juno, tem enviado imagens espetaculares das nuvens de Júpiter desde que chegou na órbita do planeta gigante em 2016. Essa visão incrível e colorida mostra padrões que lembram os de mármore. A foto foi compilada de quatro imagens separadas tiradas pela espaçonave em 29 de maio. Naquela época, Juno estava próximo do quinto planeta do Sol, chegando a entre 18.600 km e 8.600 km das nuvens rodopiantes de Júpiter. Kevin McGill/NASA/JPL-Caltech/SwRI/MSSS/BBC A imagem acima mostra um turbilhão de nuvens dentro de uma região de correntes em Júpiter. O boneco de neve NASA/JHUAPL/SWRI/T. Appere/BBC Depois de sua exploração em Plutão em 2015, a espaçonave da Nasa New Horizons foi enviada a um novo alvo, no distante Cinturão de Kuiper, que fica para além da órbita de Netuno. Nesse cinturão, há milhares de objetos primitivos e gelados que nos fornecem informações sobre o começo do nosso Sistema Solar. O que vai rolar na astronomia em 2020 Hipótese de vida em Vênus vem ganhando força Cientistas estudaram um objeto chamado MU 69, que só foi descoberto em 2014. MU 69 (depois chamado de Ultima Thule, e agora Arrokoth) é um binário de contato, ou seja, um corpo formado por dois objetos que colidiram um com o outro em baixa velocidade. A coloração avermelhada é causada por compostos orgânicos na superfície. Fogos de artifício NASA/ESA/N. SMITH/J. MORSE/BBC Eta Carinae é um sistema estrelar localizado a 7.500 anos-luz de nós. Há ao menos duas estrelas que, combinadas, emitem cerca de 5 milhões de vezes mais energia que nosso Sol. Uma das estrelas tem liberado gás quente que expandiu para um par de uma espécie de balões. Por décadas, astrônomos se perguntam se está à beira da destruição, e se vai estourar em uma violenta supernova. A última imagem do que parecem ser fogos de artifício foi divulgada neste ano, tirada por uma câmera do telescópio Hubble. Selfie marciana NASA/JPL-Caltech/MSSS/BBC O rover espacial Curiosity ("curiosidade"), da Nasa, tem explorado a cratera Gale, em Marte, desde 2012. O robô tirou essa "selfie" quando explorava a encosta do Monte Sharp —uma montanha que é o pico central da cratera. Duas amostras de rocha desse local mostraram quantidades excepcionalmente altas de minerais de argila. Argila muitas vezes se forma na presença de água, que é um ingrediente chave para a vida. Evidências anteriores mostraram que antes havia água na cratera Gale. O lado oculto da lua CLEP/BBC No dia 3 de janeiro deste ano, a sonda espacial chinesa Chang'e 4 tornou-se a primeira a aterrisar no lado oculto da Lua. Alguns dias depois da aterrisagem, câmeras no rover robótico e seu pousador foram comandados a tirar fotos um do outro. Satélite/BBC CLEP/BBC A nave carregava câmeras, um radar capaz de espreitar o subsolo da superfície da Lua, um espectrômetro para identificar minerais e um experimento para criar plantas em uma pequena biosfera. Em maio, cientistas chinesas relataram que o Chang'e-4 confirmou uma hipótese antiga sobre a origem da vasta cratera no lado oculto da Lua quando a missão pousou. Eles encontraram evidências de que foi um impacto de um asteróide na Lua há bilhões de anos que penetrou sua crosta que provocou uma vasta depressão naquele lado da Lua. Rivais da galáxia ESA/HUBBLE & NASA, A. SETH ET AL./BBC A imagem tirada pelo telescópio Hubble mostra uma galáxia espiral chamada NGC 772 que está a 130 milhões de anos-luz de distância. A NGC 772 tem muito em comum com nossa própria galáxia, a Via Láctea. Por exemplo, tanto a Via Lactéa quanto a NGC 772 têm pequenas galáxias satélite, que orbitam próximas a outras galáxias. No entanto, também há aspectos em que são diferentes. Por exemplo, a NGC 772 não tem um elemento central chamado de "barra", constituído de gás e estrelas que ajuda a afunilar materiais por meio do centro da galáxia —talvez abastacendo a formação estelar. Estamos navegando Planetary Society/BBC O LightSail é um projeto desenvolvido pela organização sem fins lucrativos Sociedade Planetária. Seu objetivo é levar a cabo uma navegação solar na órbita da Terra. Velas solares são uma maneira bastante debatida de lançar uma nave espacial. As velas exploram o fato de que a luz solar exerce pressão em uma superfíce espelhada. Isso pode, em teoria, ser usado para propulsão em uma forma semelhante a uma vela sendo propelida pelo vento. O LightSail 2 foi lançado no dia 25 de junho de 2019. Essa imagem mostra a vela em 23 de julho.
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Ano Novo: 5 dicas para conseguir cumprir suas resoluções
Apenas 8% das pessoas que estabelecem resoluções de Ano Novo cumprem as metas. A BBC News Brasil reúne dicas para que você possa fazer parte dessa estatística. Apenas 8% das pessoas que estabelecem resoluções de Ano Novo cumprem as metas. A BBC News Brasil reúne dicas para que você possa fazer parte dessa estatística. Getty Images via BBC É o começo de 2020 e para muitos de nós o Ano Novo é um momento de estabelecer novas metas e projetos pessoais. De repente ter uma rotina mais saudável ou economizar mais dinheiro? Quem sabe iniciar um novo hobby ou deixar de lado atividades que não nos acrescentaram muito? Qualquer que seja a sua resolução de Ano Novo, ela só será concretizada se houver motivação. Mas todos nós sabemos que isso não é fácil de alcançar e muitos planos acabam ficando para trás depois que o novo ano se inicia. Só 8% das pessoas que estabelecem resoluções de Ano Novo conseguem atingir seus objetivos, segundo um estudo da Universidade de Scranton, na Pensilvânia (EUA). A BBC News Brasil reúne aqui cinco dicas que você possa fazer parte dessa estatística. 1. Comece com metas pequenas Estabeleça metas realistas e gradualmente adicione dificuldades e novas etapas Getty Images via BBC Estabelecer metas realísticas garante chance maior de sucesso. Parte do problema relacionado ao fracasso das resoluções de Ano Novo é o fato de elas serem utópicas e presumirem que "podemos ser pessoas completamente diferentes a partir do Ano Novo", explica a psicoterapeuta Rachel Weinstein. O mais indicado é "começar pequeno", para depois adicionar dificuldades à medida que vai cumprindo a meta inicial. Por exemplo: comprar um tênis apropriado e ir iniciar corridas de curta duração antes de se comprometer com a meta de correr uma maratona. Se você quer começar a cozinhar, pode estabelecer a meta de seguir uma receita nova uma vez por semana ou acompanhar alguém que já cozinha, para aprender as técnicas. Não se trata de reduzir as expectativas ou pensar pequeno, mas sim criar estratégias para atingir resultados de longo prazo. Afinal de contas, conforme Weinstein, a verdadeira mudança "acontece a passos pequenos ao longo do tempo". 2. Seja específico Pense exatamente sobre o que você vai fazer, quando e como Getty Images via BBC Frequentemente, estabelecemos metas sem uma ideia clara de como executá-las. Mas é importante planejar os detalhes das resoluções. Segundo o professor de filosofia Neil Levy, da Universidade de Oxford, planejar ir à academia às terças de tarde sábados de manha é uma meta mais propensa a dar certo que simplesmente dizer: "vou mais à academia". Ações específicas e factíveis garantem que você não estabeleça apenas um conjunto de intenções, mas sim também os passos necessários para concretizá-las. 3. Busque uma rede de apoio Tornar as suas resoluções de Ano Novo públicas ajuda a te manter motivado Getty Images via BBC Encontrar outras pessoas dispostas a entrar nessa jornada com você pode ser uma ótima fonte de motivação. Isso pode significar ir a uma aula com um amigo ou tornar a sua resolução pública. Quando divulgamos nossos projetos, as chances de seguirmos adiante com eles são maiores. John Michael, da Universidade de Warwick, no Reino Unido, pesquisa os fatores sociais envolvidos na tomada de decisões e na manutenção de compromissos. Ele diz que somos mais propensos a seguir adiante com resoluções se elas parecerem de alguma forma importantes para outras pessoas ou se o bem-estar de outros for afetado em caso de fracasso. Portanto, seja cumprindo um compromisso ou obtendo companhia e apoio, envolver outras pessoas pode ser a chave do sucesso para atingir a sua meta de Ano Novo. 4. Superando fracassos Faça modificações simples no seu dia a dia para alcançar as metas Getty Images via BBC Quando a resolução se mostrar difícil de ser alcançada, reserve um momento para reavaliar a meta. Que obstáculos você está enfrentando? Que estratégias foram mais efetivas até agora? Quais foram as menos eficazes? Tente ser mais realista e celebrar até as menores conquistas. Se você quiser manter a mesma resolução, por que não tentar uma abordagem diferente que possa reforçar sua motivação? Mudanças simples no dia a dia podem te ajudar a caminhar para a direção certa. Se você tem tentado comer de maneira mais saudável, por exemplo, pode começar por trocar massa branca e pão por obções com grãos integrais. Ou pode cortar gordura saturada ao trocar lanches como bolos e batatas chips por smoothies, vegetais e frutas. 5. Alinhe suas resoluções com planos de longo prazo Força de vontade sozinha não resolve. Segundo especialistas, é preciso ser realista e estabelecer etapas concretas para alcançar as resoluções de Ano Novo Getty Images via BBC As melhores resoluções são aquelas que te ajudam a alcançar uma parcela de um plano de longo prazo em vez de serem metas vagas e abstratas, diz a psicóloga behaviorista Anne Swinbourne. Se você nunca se interessou por esporte, a meta de se tornar um grande atleta dificilmente vai colar. As pessoas que só se apegam à força de vontade geralmente falham", diz. Portanto, ao escolher uma resolução que te motive, estabeleça planos concretos para alcançá-la a partir do primeiro dia do ano. E não exite em pedir ajuda para superar os obstáculos que surgirem no caminho.
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Cientista que editou a genética de embriões é condenado à prisão
O cientista He Jiankui, que em 2018 surpreendeu o mundo ao supostamente ter criado os primeiros bebês geneticamente modificados, foi condenado a três anos de prisão na China, nesta segunda-feira (30), sob a alegação de ter praticado a medicina ilegalmente ao realizar a edição de genes de embriões humanos para fins reprodutivos.
Conforme a agência de notícias Xinhua, o geneticista ainda foi multado em 3 milhões de yuans, o equivalente a aproximadamente R$ 1,7 milhão, pela cotação do dia, além de ser banido da medicina reprodutiva para sempre.
Inpe divulga primeiras imagens feitas pelo satélite Cbers-4A
Equipamento construído em parceria entre Brasil e China foi lançado no dia 20 de dezembro. Fotos são do primeiro alinhamento do equipamento sobre o Brasil, entre os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Imagens divulgada pelo Inpe são primeiros registros do CBERS-4A Divulgação/Inpe O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou as primeiras imagens feitas pelo satélite Cbers-4A. O satélite, feito em parceria entre Brasil e China, está em órbita desde o dia 20 de dezembro, quando foi lançado em Taiyuan. O equipamento passou por uma semana de testes e, depois disso, fez os primeiros registros. As imagens divulgadas pelo instituto são do dia 27 de dezembro, quando as três câmeras foram alinhadas sobre o Brasil. Os registros são da divisa entre os estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, quando o satélite esteve alinhado entre às 10h56 e 11h07 sobre a região. Imagens feitas pelo CBRS-4A foram divulgadas pelo Inpe Divulgação/Inpe A captura mostra o reservatório do Rio Manso, no Mato Grosso, e cidades do Mato Grosso do Sul, como Jardim, Guia Lopes da Laguna. Segundo o Inpe, a partir de agora o satélite vai passar por três meses de testes, para o alinhamento de câmeras até que as imagens cheguem ao resultado esperado. Nessa fase, as imagens capturadas com as configurações são debatidas por técnicos até a aprovação final. Somente depois desse relatório o Cbers-4A vai ser considerado operacional. Imagens do CBERS-4A divulgadas pelo Inpe Divulgação/Inpe Projeto A construção do equipamento começou em 2015 e custou cerca de R$ 190 milhões - metade do valor foi custeado pelo Brasil. Duzentos cientistas trabalharam no projeto. O Cbers-4A é o substituto do Cbers-4, que está no limite da vida útil. O novo equipamento terá como foco a Amazônia. Segundo o Inpe, o satélite foi programado para dar 14 voltas por dia em torno da Terra. O foco será o mapeamento de queimadas e o fornecimento dados à agricultura. O Cbers 4-A deverá operar por ao menos cinco anos. Ainda no Brasil, a revisão foi feita por especialistas do Inpe com cientistas da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial - foram reunidos quase 60 profissionais nesta etapa.
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Por que vamos precisar de um novo mapa da vida
Longevidade demanda um design diferente da sociedade contemporânea Na coluna passada, fiz uma provocação bem-humorada sobre ninguém estar velho demais para fazer uma série de coisas em 2020. Brincadeiras à parte, esse é o objeto de reflexão de um número crescente de especialistas. O Centro de Longevidade da Universidade de Stanford, nos EUA, quer criar o que batizou de “novo mapa da vida”, que funcionaria como uma espécie de bússola para aprendermos a navegar nesses mares ainda desconhecidos. E por quê? Porque a perspectiva de chegarmos aos 90 ou 100 anos gera um desafio: o que vamos fazer com nossa existência superestendida? A iniciativa consiste num projeto de cinco anos, até 2023, para pesquisar e definir novos modelos de educação e aprendizado contínuo; redesenhar a forma como trabalhamos; propor políticas públicas para saúde, moradia, segurança financeira; além de promover ações que estimulem a convivência entre diferentes gerações. Na verdade, o diagnóstico é de que teremos que criar uma outra narrativa sobre a velhice, uma vez que a tradicional já não representa a realidade. Há grupos nas áreas de saúde, trabalho, educação, finanças, meio ambiente, influências sociais e a chamada “early life”, ou seja, o início da infância. O movimento quer aumentar a consciência sobre o impacto dessas mudanças nos próximos anos, para que a sociedade se mobilize. No fim de novembro, Laura Carstensen, diretora do centro de longevidade, escreveu um artigo para o jornal “The Washington Post” no qual foi incisiva: “precisamos de um redesenho da vida”, afirmou, acrescentando que a angústia de não ter como sobreviver e o medo da demência, cada vez mais recorrentes entre idosos, demandam uma intervenção da sociedade. Listei os tópicos que norteiam os estudos para mostrar a abrangência do projeto. Laura Carstensen, diretora do centro de longevidade da Universidade de Stanford, na Califórnia Divulgação 1) Desafio urgente: a população mundial é de 7.6 bilhões. Chegará a 8.6 bi em 2030 e 9.8 bilhões em 2050. O curso de vida das pessoas deverá comportar mais de uma carreira e períodos de estudo e transição para diferentes atividades. 2) Intergeracionalidade: será preciso superar a segregação entre gerações que ainda perdura. A convivência em casa, no trabalho e em ambientes de estudo será um fator primordial para o bem-estar de todos. 3) Desigualdades econômicas, educacionais e raciais deverão ser combatidas para que a longevidade não se restrinja aos privilegiados. 4) O uso da tecnologia: como inserir as pessoas para que todos se beneficiem de seus aspectos positivos e se conscientizem dos negativos. 5) Foco na infância: a saúde está intimamente relacionada aos estágios iniciais da vida. Se as crianças vão viver mais de 100 anos, o conceito de educação terá que mudar. O modelo atual, que encerra a formação do profissional na universidade, precisa ser revisto, para o desenvolvimento de habilidades como criatividade, flexibilidade e resiliência. 6) Saúde: o foco deverá ser na prevenção, para que todos permaneçam saudáveis durante o maior tempo possível. Isso inclui combater a obesidade (infantil inclusive), fumo e o uso de opioides. 7) Trabalho: o emprego para a vida toda acabou e os trabalhadores terão que ser treinados continuamente. Já é possível imaginar um cenário no qual uma pessoa na casa dos 30 anos sai do mercado por uma década para cuidar dos filhos e depois se dedica a uma nova carreira, sendo comum ter colegas de 70 e 80 anos. 8) Segurança financeira: sistemas de previdência serão cada vez menos generosos. Educação financeira para saber planejar o futuro será disciplina obrigatória nas escolas desde cedo. 9) Meio ambiente: aqui a expressão se refere às cidades, que precisarão investir em sistemas integrados de transporte e moradia acessível. Um modelo que vem angariando adeptos prevê assistência para os idosos sem que tenham que se mudar para uma instituição, inclusive convivendo com jovens que se encarregariam de alguns serviços. 10) Influências sociais: independentemente da idade, todo indivíduo necessita do senso de pertencimento, de um propósito. A saída: coordenar ações para que os muitos anos que as pessoas terão pela frente ganhem significado. Fico feliz que o blog discuta esses temas. Nossa jornada continuará ano que vem. Um ótimo 2020!
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Missões até Marte e eclipse na Patagônia: o que vai rolar na astronomia em 2020
A Mars 2020 inaugura uma nova fase de expansão nas pesquisas espaciais da agência espacial americana (Nasa). Mais um eclipse solar total será visto na vizinhança brasileira, no Chile e na Argentina. Anunciado em 2012, o projeto Mars 2020 foi desenvolvido com base nas descobertas do robô Curiosity. A missão é um passo para enviar humanos na década de 2030. Nasa/JPL Há quase 10 anos, astronautas entravam em uma cápsula para simular como seria uma viagem até Marte. Ficaram confinados por 1 ano e meio, e a ideia era tentar entender as reações e o convívio humano no "Planeta Vermelho" durante a viagem. Ainda não é a hora de ocuparmos Marte, mas 2020 trará mais missões importantes para conseguir, quem sabe, chegar lá. Também teremos uma segunda chance para quem não conseguiu assistir ao eclipse solar total em julho de 2019: um novo ocorrerá em dezembro deste ano e também no Chile e na Argentina. Quem tiver sorte, assistirá na Patagônia. O G1 mostra, além disso, o que irá acontecer em 2020 na astronomia: Missão Europa Clipper Uma das 79 luas de Júpiter, Europa será alvo de uma investigação mais detalhada. Nove instrumentos serão levados até a órbita do planeta para produzir imagens de alta resolução e determinar a composição de Europa. Existem fortes evidências de que exista água líquida abaixo de uma crosta gelada. Como sempre, estamos tentando encontrar vida fora da Terra. Serão 45 sobrevoos em Europa, com altitudes que variam de 2,7 mil quilômetros a 25 quilômetros acima da superfície. Nasa prepara viagem à lua Europa, do planeta Júpiter Mars 2020 A Mars 2020 é mais um passo em busca de descobrir vida ou de como viver no Planeta Vermelho. A janela de lançamento da Estação da Força Aérea de Cabo Canaveral abre em 17 de julho, quando a posição entre a Terra e Marte estará mais propícia para a viagem. A aterrissagem está prevista para fevereiro de 2021. Toda a missão deverá durar 1 ano marciano: 687 dias terrestres. Com a ajuda de mais um robô, uma broca irá coletar amostras nas rochas e no solo para ter mais informações sobre a composição da superfície. Objetivos da missão: Determinar se já existiu vida em Marte Mostrar como é o clima do planeta Mostrar como é a geologia de Marte Preparar-se para uma futura exploração humana Vale destacar que tanto a missão Curiosity, que já está no Planeta Vermelho, e a missão Mars 2020 contam com a participação fundamental do brasileiro Ivair Gontijo. Na primeira missão, ele ficou responsável pelos equipamentos que mapeavam a superfície de Marte durante os 7 minutos de terror, de modo a escolher o melhor ponto de pouso. Agora na segunda missão, ele desenvolveu a integração entre vários dos equipamentos científicos, fazendo-os se comunicar com o sistema do jipe. Robô Curiosity, da Nasa, completa 2 mil dias caminhando na superfície de Marte 'Bati na porta da Nasa várias vezes': conheça Ivair Gontijo, o brasileiro que trabalha nas missões espaciais americanas até Marte Huoxing-1 Quem também está de olho em Marte é a China, que deve lançar entre julho e agosto, sua ambiciosa missão de exploração do Planeta Vermelho. Ambiciosa no sentido que, além de colocar um satélite na órbita de Marte, pretende também pousar um jipe em sua superfície logo na primeira tentativa. A missão tem o nome provisório de Huoxing-1 e vem na esteira da missão malsucedida de 2012, quando seu orbitador Yinghuo-1 foi destruído com a falha da missão russa Fobos-Grunt. A partir de então, a China decidiu desenvolver seu próprio programa espacial para Marte. China lança missão que tem como objetivo final a conquista de Marte O orbitador irá carregar câmeras de média e alta resolução, capazes de identificar estruturas com 2 metros de tamanho e espectrógrafos para identificar a composição química elementar do terreno, além de um radar com capacidade de estudar o subsolo. O jipe também carregará um radar como esse, capaz de penetrar 100 metros abaixo da superfície, além de atuar como estação meteorológica e identificação de campos magnéticos. Missão Al-Amal Quem também quer estudar Marte são os Emirados Árabes Unidos, com seu orbitador Al-Amal, ou "esperança", em português. A missão, a primeira de um país árabe com destino a Marte, representa uma parceria entre o Centro Espacial Mohammed bin Rashid e as Universidades do Colorado e do Arizona, nos Estados Unidos. A sonda deve ser lançada no meio do ano por um foguete do Japão. A chegada do satélite está prevista para o ano que vem para coincidir com as comemorações dos 50 anos da formação dos Emirados Árabes Unidos. O objetivo da missão é estudar a atmosfera marciana, dando um panorama mais amplo e global. Todos os dados obtidos serão compartilhados entre 200 universidades e institutos de pesquisa do mundo inteiro e de forma gratuita! A missão faz parte do projeto de tornar o país uma nação com economia baseada em conhecimento. Missão Chang’e 5 A missão Chang’e 5 é a sequência no programa espacial lunar da China e, na verdade, deveria ter começado em dezembro do ano passado. Vale lembrar que sua antecessora teve a proeza de pousar de forma segura no lado oculto da Lua e mantém um jipinho robótico operando durante os dias lunares, que representam 14 dias terrestres. Sonda chinesa pousa com sucesso no lado oculto da lua O próximo e ousado passo do programa espacial chinês é lançar sua nova sonda equipada com um laboratório de análises de solo, incluindo um radar para estudar alguns metros abaixo da superfície e também um braço para coletar amostras a uma profundidade de 2 metros. O laboratório de análises também será responsável por separar as amostras, isolando-as em compartimentos para enviá-las à Terra. A principal inovação trazida pela Chang’e 5 será coletar aproximadamente 2 kg de amostras do subsolo lunar e enviar tudo para a Terra. A última vez que conseguimos fazer isso foi em 1976 com a missão Luna 24 da ex-URSS enviando 170 gramas do solo lunar em amostras. A Chang’e 5 tem um módulo gêmeo, a Chang’e 6, com as mesmas capacidades e que deve ser lançada em 2023 ou 2024 com o objetivo de coletar amostras da região polar sul da Lua. A missão seguinte, a 7, vai estudar com mais detalhes a geologia e a topografia do polo sul lunar, para que a missão Chang’e 8 encerre o programa testando tecnologias que serão usadas na futura base chinesa na Lua. Eclipse solar total Em 14 de dezembro, Chile e Argentina terão o privilégio de assistir pela segunda vez em menos de dois anos um eclipse solar total. Eclipse solar visto do Observatório de La Silla, no Chile Martin Bernetti/AFP No ano passado, em 2 de julho, o G1 e a TV Globo mostraram o eclipse solar total no Deserto do Atacama. Foi 1 minuto e 52 segundos de "escuridão". A Lua se posicionou em frente ao Sol na perspectiva da Terra. Em 2020, o fenômeno irá se repetir, mas por 2 minutos e 10 segundos e em outro ponto turístico da América Latina: a Patagônia. Como sempre nos eclipses desse tipo, boa parte dos hotéis já estão lotados e eventos já estão planejados.
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Produtora de The Witcher responde críticas dos fãs sobre a série
A produtora-executiva da série The Witcher, Lauren S. Hissrich, foi ao Twitter para conversar com os fãs da saga do bruxo Geralt de Rivia. A showrunner não só comemorou que os livros de Andrzej Sapkowski estavam novamente em evidência (sem falar que os jogos da CD Projekt RED receberam um impulso em vendas), mas também respondeu a algumas críticas feitas pelo público.
Conversando com um seguidor na rede, Hissrich citou que a equipe "debateu intensamente" alguns aspectos da trama sobre como adaptar melhor uma série de contos às vezes sem uma sequência lógica, assim como a necessidade de apresentar certos personagens antes do momento original.
Netflix revela filmes e séries mais populares no Brasil em 2019
A Netflix divulgou nesta segunda-feira (30) a lista com as produções originais do serviço que mais foram assistidas pelo público brasileiro em todo o ano de 2019.
A empresa dividiu o ranking em filmes, séries e documentários, além de uma lista conjunta. Apenas produções originais da Netflix — em criação ou apenas distribuição no Brasil — fazem parte da lista.
Facebook é multado em R$ 6,6 milhões no caso Cambridge Analytica no Brasil
O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) aplicou multa de R$ 6,6 milhões ao Facebook por compartilhamento indevido de dados de mais de 400 mil usuários da plataforma. A informação foi divulgada pelo órgão nesta segunda-feira (30).
De acordo com o MJSP, o caso começou a ser investigado após a veiculação de uma notícia, no dia 4 de abril de 2018, sobre o vazamento de dados de usuários brasileiros da rede social, que teriam sido utilizados indevidamente pela Cambridge Analytica, empresa especializada em consultoria de marketing político.
Conheça o mineral descoberto por cientistas em um meteorito e nunca antes visto na natureza da Terra
Material foi encontrado perto de Wedderburn, na Austrália, em 1951, mas só foi decifrado em agosto deste ano. O pedaço de 'rocha espacial' que caiu do céu tem um metal inédito em ambienteis naturais, conhecido só em processos industriais, e batizado de 'edscotita'. Meteorito de Wedderburn Divulgação/Museums Victoria Collections Uma das descobertas científicas que marcaram o ano de 2019 foi a identificação de um material nunca antes visto na natureza do planeta Terra: a "edscotita" (ou "edscottite", em inglês). O mineral está em um meteorito encontrado no ano de 1951, o chamado "meteorito de Wedderburn", no estado de Victoria, na Austrália. Depois de décadas de estudos por diferentes equipes de pesquisadores, só em agosto deste ano cientistas revelaram que ele é feito de um mineral de carboneto de ferro que, até onde se sabe, não existe na nossa natureza. Nasa detecta intensa explosão de meteorito na atmosfera da Terra O que a descoberta de açúcar em meteoritos revela sobre a origem da vida O estudo foi publicado na revista científica "American Mineralogist" pelo mineralogista Chi Ma, do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), e pelo geofísico Alan Rubin, da Universidade da Califórnia em Los Angeles, nos Estados Unidos. Eles conseguiram obter um pedaço do meteorito em 2018 e vêm estudando esse material. Segundo cientistas, esse meteorito provavelmente veio do centro de outro planeta, o que o torna extremamente raro. Eles já conheciam a edscotita, mas somente em processos industriais de fundição do ferro. Do tamanho de um limão O meteorito original é preto e vermelho e tem o tamanho de um limão. E também muitos arranhões, que os cientistas atribuem a uma jornada de milhões de anos até chegar à Terra. Ele provavelmente veio de um planeta distante que, possivelmente, nem existe mais. Tantos cientistas pesquisaram o meteorito que agora somente um terço do objeto original continua intacto (cerca de 71 gramas). Atualmente, ele é mantido na coleção geológica dos Museus Victoria, na Austrália. Meteorito de Wedderburn Divulgação/Museums Victoria Collections Além da edscotita (Fe5C2), os cientistas também identificaram, ao longo dos anos, traços de outros metais como ouro, ferro e minerais bem mais raros. Esse elemento inédito na natureza foi encontrado em uma fina camada, em meio a outros metais. A olho nu, parece um conjunto de pequenos cristais brancos. O nome "edscotita" é uma homenagem ao cosmoquímico Edward Scott, da Universidade do Havaí. Combinação inédita A grande novidade, portanto, é o fato de os cientistas encontrarem a edscotita em um objeto natural. Ao site "The Age", o curador dos Museus Victoria, Stuart Mills, disse que essa versão de carboneto de ferro revela que certas formulações de átomos podem ocorrer naturalmente, e não somente por meio da ação humana. "Já descobrimos 500 a 600 mil minerais em laboratório, mas menos de 6 mil foram feitos pela natureza", explica Stuart Mills. Não se sabe exatamente como o meteorito chegou à Austrália, mas alguns especialistas deduzem que seja o resultado de uma colisão envolvendo planetas, luas ou asteroides. VÍDEOS SOBRE METEORITOS ENCONTRADOS NA TERRA Meteorito que vale milhões de reais é recuperado dos escombros do Museu Nacional, no Rio Meteorito 'raríssimo' cai no Brasil e vira objeto de estudo Queda de meteorito na região de São Simão completa 50 anos
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WhatsApp deixa de funcionar no Windows Phone, Android e iOS antigos
A chegada de 2020 marca o fim do funcionamento do WhatsApp no Windows Phone, sistema operacional móvel desenvolvido pela Microsoft, que não alcançou o sucesso desejado. Mas o popular app de mensagens também deixará de operar em versões mais antigas do Android e do iOS em breve.
O encerramento do suporte ao Windows Phone está programado para o dia 31 de dezembro de 2019, conforme o próprio WhatsApp. Ou seja, o ano novo já vai começar sem o mensageiro para quem tem um celular com o sistema da Companhia de Redmond, lembrando que ele já não estava na Microsoft Store desde o último mês de julho.
Deadpool 3: Marvel desenvolve sequência com Ryan Reynolds
Agora é oficial, Deadpool 3 não apenas vai acontecer, como já está em pré-produção. Quem confirmou a informação foi o próprio Ryan Reynolds, durante uma entrevista ao Live with Kelly and Ryan. O ator não entrou em muitos detalhes, mas confirmou que o filme está sendo produzido pela Marvel.
Você pode ver o Reynolds comentando sobre a produção no vídeo abaixo. A fala começa aos 9:22.
A mancha quente de água que se move no Pacífico em direção à América do Sul e inquieta cientistas
Área de oceano perto da Nova Zelândia está 6ºC mais quente que a superfície oceânica do restante do mundo; o que provocou esse fenômeno e quais as consequências disso? Ela é tão grande que ocuparia um pouco mais da metade do México e duas vezes a superfície do Estado de Minas Gerais. Satélites mostram que uma área gigantesca e vermelha no Pacífico, perto da Nova Zelândia, está se locomovendo em direção à América do Sul. A mancha de água quente foi identificada por imagens de satélite. Ela é do tamanho de mais da metade do México Climatere Analyzer/BBC Os pesquisadores apelidaram essa zona de "macha quente" — hot blob, em inglês. O descobrimento dessa área vermelha, por meio de imagens tiradas por satélites, coincidiu com uma onda de calor que provocou graves incêndios na Austrália, ao mesmo tempo em que regiões da América do Norte experimentaram fortes tempestades de inverno. Coala bebe água de ciclista durante onda de calor na Austrália OMS alerta para ondas de calor nos países da América do Sul Aquecimento global causará ondas de calor ainda mais intensas A mancha compreende uma área do oceano de cerca de 1 milhão de km² cuja temperatura aumentou entre 4°C e 6 °C, mais que o previsto para essa região. Esse fenômeno inesperado pode, segundo cientistas, ajudar a explicar o forte aumento de gás metano na atmosfera. Sem contar com as zonas do trópico, a mancha vermelha é a área com maior temperatura média na superfície oceânica mundial, diz James Renwick, chefe do Departamento de Geografia, Meio Ambiente e Ciência da Terra da Universidade de Victoria, em Wellington, na Nova Zelândia. O jornal "New Zealand Herald" diz que a mancha começou a se formar em outubro, mas as temperaturas se mantiveram na média e não cresceram de maneira significativa. No entanto, um aquecimento mais acentuado em dezembro fez a mancha aumentar e a temperatura subir fortemente. A formação da mancha quente Segundo Renwick, vários fatores contribuíram para a formação da "mancha quente", entre eles o "anticiclone", um sistema natural de alta pressão que tem reduzido as correntes de vento nessa parte do Pacífico. "Temos tido pressões bastante altas, dias ensolarados e ventos leves, o que favorece um aquecimento acelerado da superfície do oceano", disse ele ao jornal "New Zealand Herald". "Se os ventos são fortes, então tudo se dispersa. Se não há essa dispersão, o aquecimento do sol é absorvido pela superfície do oceano e gera essa capa de água muito quente", explicou. Em 2014, satélites registraram um aquecimento fora do comum no oceano pacífico, perto da costa oeste dos EUA Getty Images/BBC Ou seja, sem ventos fortes, a temperatura da água aumenta e essa corrente quente se move até perto das costas. Mas quão significativa é essa mancha? Segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos, as temperaturas do oceano podem variar em grandes proporções, e um grau a mais ou a menos de diferença já é "preocupante" por provocar efeitos adversos no clima do planeta como um todo. A área que compreende a mancha quente sofreu um aumento de 4ºC a 6ºC na sua zona central, o que é considerado significativo. De acordo com Renwick, a capa de água quente se estende por 50 metros debaixo da superfície. Os cientistas ainda vão pesquisar o impacto que isso provocará na vida marinha dessa região. Manchas quentes parecidas com essa foram identificadas há cinco anos nas costas da Califórnia e do Alasca em setembro. Cientistas alertaram para um fenômeno similar na costa oeste dos Estados Unidos. Este gráfico mostra como zonas de mar quente foram produzidas nos EUA em setembro de 2014 e no mesmo mês de 2019 NOAA/BBC Que efeitos essa mancha pode provocar? Segundo Renwick, a mancha quente não terá impacto direto sobre o clima ou a vida na Nova Zelândia. Como ela está a caminho da América do Sul, a expectativa é que se disperse e perca parte do calor antes de chegar a qualquer zona povoada. Portanto, especialistas dizem que o efeito dessa área de calor no oceano não deve ser grande sobre áreas habitadas. No entanto, os cientistas estão inquietos sobre as eventuais consequências para a vida marinha. A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos adverte que o aquecimento das águas reduz os nutrientes no oceano, o que altera a cadeia alimentar marítima. Leões marinhos, por exemplo, precisam nadar até mais longe para conseguir peixes e outros animais para se alimentar. Uma mancha quente surgida na Califórnia em 2014 produziu a maior proliferação de algas tóxicas já registrada na costa oeste dos EUA. O aumento da temperatura também dificultou aos salmões jovens encontrar alimentos de boa qualidade no oceano. Além disso, milhares de leões marinhos que saíram em busca de alimentos apareceram encalhados nas praias. Diversas espécies de baleias, que também tiveram que ir até perto da costa em busca de comida, acabaram presas em redes de pesca ou mortas após encalharem nas areias das praias. Há riscos para a América do Sul? Segundo Renwick, a massa de água quente deve esfriar ao se aproximar da América do Sul. O especialista diz que o próprio movimento da mancha até águas mais frias pode provocar o esfriamento da temperatura antes de ela se aproximar do continente americano. O aquecimento do oceano provoca desequilíbrio na cadeia alimentar marítima e prejudica a pesca Getty Images/BBC Se isso não ocorrer, a mancha pode "chegar a ficar razoavelmente próxima da América do Sul", mas não deve alcançar a costa. No entanto, segundo a revista Science, embora os satélites facilitem a identificação dessas manchas de água quente, eles não são capazes de determinar com precisão magnitude e o impacto ecológico delas. VÍDEOS SOBRE AQUECIMENTO GLOBAL Acordo de Paris não basta para manter aquecimento global na meta, diz ONU Relatório da ONU mostra que metas atuais pra combater aquecimento global são insuficientes Crianças de hoje podem viver menos por causa do aquecimento global
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As 10 empresas de Inteligência Artificial mais promissoras dos EUA
Impensável até alguns anos atrás, a Inteligência Artificial (IA) já faz parte do nosso dia a dia. Com o avanço desta tecnologia, cada vez mais empresas de IA têm aparecido no mercado. Pensando nisso, a Forbes e a Meritech Capital criaram uma lista com as 10 organizações privadas dos Estados Unidos mais promissoras em Inteligência Artificial. São elas:
Valor de mercado: pouco menos de US$1 bilhão
Fundada em 2017, a empresa é especializada em defesa a partir do IA, como sistemas de detecção de ameaças e drones autônomos. Entre seus principais clientes estão a marinha americana e a marinha real do Reino Unido.
Tendências para 2020: novas espaçonaves, telas dobráveis e avanço do 5G
Celulares dobráveis são uma grande aposta do mercado, que investiu o equivalente a mais de R$ 20 bilhões no desenvolvimento das telas flexíveis. Cápsula Dragon da SpaceX já fez transporte de carga para o espaço Nasa/BBC Se você ambiciona voar ao espaço e tem um monte de dinheiro para gastar, então 2020 pode ser um ano emocionante. Se viagem espacial não é muito a sua, mas sim uma tela maior para seu smartphone, 2020 também pode ter algumas novidades para você. Mas se acha que já existem celulares demais por aí e a indústria de tecnologia precisa ser menos descartável, talvez algumas empresas tecnológicas tenham entendido o que você está buscando. Veja abaixo um pequeno aperitivo das novidades tecnológicas que devem surgir nos próximos 12 meses. Nasa abrirá Estação Espacial Internacional para turistas a partir de 2020 Retrospectiva 2019: o ano em que os smartphones começaram a dobrar Por que o celular com Android vai ficando lento após algum tempo de uso? Missões espaciais tripuladas 2020 vai ser um ano crucial para viagens espaciais, segundo Guy Norris, editor sênior da publicação especializada Aviation Week & Space Technology. Desde que a Nasa aposentou os ônibus espaciais em 2011, os Estados Unidos passaram a usar espaçonaves russas para transportar astronautas até a Estação Espacial Internacional. Mas tudo pode mudar em 2020, quando — se todos os planos derem certo — duas espaçonaves fabricadas nos EUA devem começar a transportar tripulantes. Com capacidade para levar até sete astronautas até a órbita da Terra, o CST-100 Starliner, da Boeing, passou recentemente por testes e foi até rebatizado de Calypso, em homenagem ao barco do explorador marítimo Jacques Cousteau. Na semana passada, um Starliner não tripulado foi lançado da Flórida com sucesso em seu foguete Atlas, mas depois teve problemas técnicos que o impediram de seguir o caminho planejado para a Estação Espacial Internacional. A aeronave deve entrar em funcionamento pleno no ano que vem. Boeing submete seu CST-100 Starliner aos testes finais Nasa/BBC Enquanto isso, a cápsula Dragon, da SpaceX, passará por testes finais no início de 2020, e, se tudo correr bem, estará pronta para missões tripuladas neste ano. Outros sistemas voltados a altitudes elevadas também podem atingir avanços significativos em 2020. Blue Origin, que pertence ao bilionário Jeff Bezos (da Amazon), poderá estar pronto para levar turistas em seu foguete sub-orbital New Shepard. O avião espacial da Virgin Galactic também pode estar pronto em 2020 para levar passageiros ao espaço, mais de uma década depois do que previa o fundador (e também bilionário) da empresa, Richard Branson. Estima-se que mais de 600 pessoas já tenham feitos pagamentos por um voo em veículos do Virgin Galactic — as passagens chegam a US$ 250 mil (cerca de R$ 1 milhão). "Finalmente chegou a hora de entregar esses programas prometidos há muito e de essas tecnologias realmente serem colocadas à prova pela primeira vez", afirmou Norris, da "Aviation Week & Space Technology". Tecnologia e meio ambiente Movimentos e campanhas de protestos — como os promovidos pela organização Extinction Rebellion — ajudaram a inserir as mudanças climáticas na agenda de empresas de tecnologia. Entre as companhias sob pressão estão as fabricantes de smartphones. Estima-se haver 18 bilhões de aparelhos descartados ao redor do planeta. Com a venda de 1,3 bilhão de telefones móveis em 2019, esse número só cresce. Protesto do Extinction Rebellion em praça de Londres neste ano Getty Images/BBC Fabricantes do setor passaram a ser cobrados por processos de fabricação mais verdes e telefones que possam ser consertados mais facilmente. O mesmo pesa sobre fabricantes de bens de consumo como televisões, máquinas de lavar e aspiradores de pó, e companhias de telecomunicações. A Vodafone prometeu que até 2023 suas redes no Reino Unido serão abastecidas por fontes de energia renovável. Outras empresas do setor devem seguir a mesma linha. O sistema de viagem de negócios também sofre críticas. Ben Wood, analista da CCS Insight, afirma que se tornou "socialmente inaceitável" que as pessoas viajem pelo mundo enquanto existe a possibilidade de reuniões virtuais. Há ainda iniciativas verdes da indústria de computação em nuvem, que tem estruturas com milhares de servidores e computadores que consomem volumes enormes de energia. Telas flexíveis O lançamento do primeiro celular dobrável pela Samsung em abril de 2019 não correu bem. Diversos avaliadores e críticos quebraram as telas durante o uso, e a empresa precisou fazer melhorias ágeis antes de colocar o produto à venda em setembro. A Motorola teve um sucesso relativamente maior com o lançamento do novo Razr, ainda que analistas tenham reclamado do preço elevado. A Samsung deve lançar novos dispositivos flexíveis no ano que vem, incluindo tablets. A TCL, segundo maior fabricante de televisões da China, prometeu lançar seu primeiro dispositivo dobrável em 2020, e deve estender a tecnologia para outros equipamentos logo em seguida. Esses produtos são uma grande aposta do mercado, que investiu o equivalente a mais de R$ 20 bilhões no desenvolvimento das telas flexíveis. Analistas afirmam que dispositivos como alto-falantes inteligentes, relógios ou portas de geladeira poderão ter telas flexíveis acopladas a eles. A chinesa TCL está apostando alto em dispositivos flexíveis TCL/BBC Telefonia móvel super-rápida A expansão de redes de telefonia deve ser rápida. Até o final de 2019, cerca de 40 redes em 22 países estavam oferecendo serviço 5G, rede de telefonia móvel de alta velocidade. Até o final do próximo ano, o número de operadores de 5G deve chegar a 125 operadoras, diz Kester Mann, da CCS Insight. "Pode haver uma mudança interessante na forma com que os contratos 5G são precificados. Um contrato 5G sem telefone deve custar cerca de R$ 150 por mês e é provável que você obtenha quantidades ilimitadas de dados." Mas analistas estimam que em 2020 talvez vejamos preços mais baseados na velocidade que você quer, um modelo de precificação parecido ao que já existe para a banda larga residencial. No Reino Unido, a Vodafone já oferece contratos baseados na velocidade da conexão e a rede 3 deve oferecer o 5G como uma alternativa à banda larga doméstica. Esse tipo de modalidade pode atrair estudantes, por exemplo. As redes 5G prometem velocidades de download até 20 vezes maiores do que no 4G, permitem que mais gente fique conectada em uma mesma região simultaneamente e oferece conectividade quase instantânea entre aparelhos. O Brasil prevê o leilão das redes móveis de quinta geração para 2020. Podemos esperar o avanço acelerado da cobertura 5G no ano que vem Getty Images/BBC Computação quântica O próximo ano será novamente importante para a computação quântica, tecnologia que explora o comportamento instável, mas poderoso, de pequenas partículas como elétrons e fótons. Em outubro deste ano, o Google afirmou que seu computador quântico havia realizado em 200 segundos uma tarefa que o supercomputador mais rápido do mundo levaria 10 mil anos. Houve questionamentos à conquista, mas grande parte dos especialistas diz que foi um grande acontecimento. "Foi um marco histórico", afirma Philipp Gerbert, membro do grupo de tecnologia da consultoria BCG. "Está claro que eles ultrapassaram a computação clássica, ainda que o tamanho disso seja discutível." Para ele, outras empresas que estão na vanguarda desse campo, como IBM, Rigetti e IonQ, também vão atingir em breve esse patamar. Nos computadores clássicos, a unidade de informação é chamada "bit" e pode ter um valor de 1 ou 0. Mas seu equivalente em um sistema quântico, o qubit (bit quântico), pode assumir o valor de 1 e 0 ao mesmo tempo. Componentes do computador quântico do Google Google/BBC Isso abre caminho para que vários cálculos sejam realizados simultaneamente. Uma vez que a tecnologia tenha sido colocada à prova, computadores quânticos podem levar a descobertas importantes em outras áreas, como química e farmacêutica. O Google prometeu tornar seu computador quântico acessível em 2020 para pessoas de fora da empresa, mas ainda não há detalhes sobre isso. VÍDEOS SOBRE TECNOLOGIA Coluna Tecno Lógica faz retrospectiva dos últimos dez anos da tecnologia Projeto inovador usa tecnologia para reconstruir defeitos ósseos no crânio Ronaldo Lemos explica que tecnologia deepfake pode criar pessoas que não existem
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O drama das crianças que precisam ser vigiadas para não 'comer até morrer'
Síndrome de Prader-Willi é condição genética rara que faz pacientes terem fome insaciável; ela pode provocar obesidade e diabetes e atrasa o desenvolvimento mental. Hector diz que, se não for supervisionado, Christian, de 18 anos, pode, de fato, comer até morrer: 'Tudo é comida para ele' BBC A geladeira da casa de Hector Fernandez está sempre trancada. A porta da cozinha também. Assim como a despensa e o armário de remédios. Qualquer lugar que contenha alguma coisa remotamente comestível fica fechado com chaves, que ficam escondidas sob o travesseiro de Hector à noite. Não é que ele seja paranoico com ladrões. É porque seu filho tem uma condição genética incurável: a síndrome de Prader-Willi. A condição, batizada em homenagem aos dois pesquisadores que a descobriram, em 1956, faz com que uma pessoa tenha uma fome insaciável. Síndrome de Prader-Willi: diagnóstico precoce melhora a qualidade de vida Hector diz que, se não for supervisionado, Christian, de 18 anos, pode, de fato, comer até morrer. "Ele já comeu comida de cachorro da tigela, do lixo, esvaziou um tubo inteiro de pasta de dente na boca. Para ele, é tudo comida...", diz ele, sendo interrompido por Christian, que diz estar com fome. Hector dá a ele uma única fatia de abacaxi, pré-cortada para garantir que ele não consuma mais açúcar do que é necessário pela manhã. Obesidade, diabetes e acessos de fúria Além obesidade e diabetes, o que reduz sua expectativa de vida, crianças com a condição têm atrasos de desenvolvimento e problemas comportamentais BBC A síndrome de Prader-Willi se origina de uma ausência ou repetição do cromossomo 15 e tem um efeito devastador sobre os pacientes e suas famílias. Além de sofrer de obesidade e diabetes, o que reduz sua expectativa de vida, as crianças com essa condição têm atrasos de desenvolvimento mental e problemas comportamentais. Christian pode, por exemplo, ter um acesso de fúria e ficar violento se não receber a comida que deseja. "É como um furacão que destrói qualquer coisa em seu caminho", diz seu pai, mostrando um vídeo de um recente episódio. Seus pais até já o amarraram a uma cadeira acolchoada para impedir que se machucasse ou ferisse seus cuidadores. "Eu toco um dia de cada vez. Não sei o que acontecerá com ele depois que eu me for", diz Hector, incapaz de conter as lágrimas e manifestando uma preocupação comum entre os pais de quem tem Prader-Willi. Faltam especialistas em Cuba Lidar com as complicações da doença é especialmente difícil em Cuba. Hector tenta alimentar seu filho com uma dieta macrobiótica para controlar seu peso e o nível de açúcar em seu sangue. Em um almoço, por exemplo, ele serve a Christian um prato de vegetais crus e um biscoito de arroz integral. Mas até encontrar biscoitos de arroz é uma luta em Cuba. Não é fácil achar alimentos integrais e os medicamentos corretos em uma ilha afetada por um embargo econômico americano que já dura décadas e por anos de má administração econômica por parte do Estado. Embora o governo cubano elogie seu sistema de saúde, há um déficit crônico de investimentos. Hector diz que os médicos em Cuba quase não têm experiência no tratamento de Prader-Willi. "Sendo uma doença rara, há muito poucos médicos no país que já viram pacientes que a tenham. Podem ter visto um caso há 20 anos e nunca mais se depararam com outro. Não há especialistas aqui." Em um mundo ideal, diz Hector, pacientes de Prader-Willi deveriam ser atendidos também por nutricionistas, psiquiatras e fisioterapeutas. Situação no país está melhorando Ainda assim, as coisas estão começando a mudar. No mês passado, Cuba sediou a 10ª Conferência Internacional Prader-Willi. O fórum reuniu pesquisadores, médicos, pacientes e suas famílias para compartilhar experiências. É uma oportunidade inestimável, diz o presidente da Organização Internacional Prader-Willi, Tony Holland. "O mais importante é que famílias, cientistas e profissionais de saúde possam aprender um com os outros, porque alguns países têm serviços muito bons para tratar a doença, outros não", afirma Holland. A intenção é que as pessoas possam "batalhar por melhor atendimento e ser capazes de debater sobre o melhor tratamento para seus filhos" quando voltarem para casa, diz ele. Como professor emérito de psiquiatria da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, Holland adquiriu anos de experiência com a síndrome de Prader-Willi e observou o tratamento da doença em muitas partes do mundo. Apesar dos enormes avanços ainda necessários em Cuba, ele acredita que existem alguns sinais encorajadores. "O país agora tem a capacidade de fazer o diagnóstico genético. Os médicos estão começando a conhecer a síndrome, existe uma comunidade de famílias de pessoas com Prader-Willi, e isso é muito importante". Em 2010, os pais de pacientes com a síndrome realizaram seu primeiro encontro nacional em Cuba. Apenas seis famílias apareceram. Hoje, há mais de cem famílias cubanas identificadas com a doença — e, graças às melhorias no acesso à internet, elas estão sempre em contato. Hector também começou a conscientizar seus vizinhos sobre a doença Prader-Willi. Ele explica a elas que Christian não é apenas um pouco gordinho e mentalmente pouco desenvolvido, mas corre risco de morte, todos os dias. "Há uma tendência aqui de recompensar crianças com doces. Mas as pessoas não percebem que um doce aqui, outro acolá, podem matá-lo."
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Elon Musk elege Parasita como seu filme favorito de 2019
Em resposta a um tweet na véspera de Natal (24), o CEO da empresa Tesla, Elon Musk, elegeu o filme sul-coreano Parasita como seu favorito de 2019.
O longa-metragem sul-coreano foi elogiado pela crítica especializada, com 99% de reviews favoráveis segundo o site Rotten Tomatoes, e recebeu a Palme d'Or, principal prêmio do Festival de Cannes, em maio deste ano.
Conheça os 10 unicórnios mais valiosos do mundo
Se você escuta músicas no Spotify, assiste séries no Netflix ou utiliza a Uber para ir ao trabalho, sabe que essas soluções mudaram nossas formas de fazer as coisas. Mas, o que essas empresas têm em comum? Bem, elas são consideradas startups unicórnios.
Além de terem introduzido grandes inovações para nós, muitas dessas empresas cresceram de uma forma quase exponencial, alcançando um marco muito difícil: ser avaliada em mais de 1 bilhão de dólares antes mesmo de abrir todo seu capital nas bolsas de valores. O nome “unicórnio” é dado justamente pela comparação de dificuldade entre alcançar esse marco e encontrar a criatura mítica.
Robô autônomo da Volkswagen vai recarregar carro elétrico onde ele estiver
A Volkswagen está desenvolvendo um sistema para robô capaz recarregar veículos elétricos em estacionamentos, de maneira independente. O projeto ainda está em estágios iniciais de desenvolvimento, e deve ser utilizado em estacionamentos fechados.
A ideia é que, através de um aplicativo, o dono do carro elétrico possa indicar ao robô onde seu veículo está. Uma vez que a recarga seja solicitada, o proprietário pode sair de perto do carro, enquanto o carregador é levado até o local. Você pode ver um vídeo demonstrando como deve ser o robô em funcionamento.
Tesla Cybertruck: dupla russa cria versão fake e barata da picape
Anunciado em novembro, o Tesla Cybertruck chamou a atenção por seu design quadrimensional futurista e, portanto, totalmente diferente de outros modelos de picapes convencionais. O veículo ainda não está à venda, pois entrará em produção apenas em 2021. Mas, quem não deseja esperar tanto, pode comprar uma “versão” mais barata do veículo na Rússia. Pelo menos é o que propõem os youtubers de um canal conhecido como Pushka’s Garage, que decidiram criar seu próprio Cybertruck e vendê-lo online por apenas US$ 10,8 mil.
Claro, o precinho camarada condiz com toda a ausência da tecnologia empregada no carro de Elon Musk — como o uso de energia elétrica e aço inox —, a ser comercializado por entre US$ 39,9 mil e US$ 69,9 mil. Isso porque, na realidade, o projeto por si só custou apenas US$ 1,3 mil, incluindo o carro que serviu de base para o Cybertruck fake, um VAZ 2109, ou Lada Samara, da década de 80.
As principais descobertas arqueológicas de 2019
A evolução humana não é simplesmente um processo de avançar, pois há muito tempo aprendemos que para crescer, é essencial olhar para trás. Por isso os arqueólogos, todos os anos, revelam mais e mais sobre o nosso passado com as revelações arqueológicas.
Confira abaixo as 7 descobertas arqueológicas mais incríveis de 2019:
Cientista chinês que criou bebês geneticamente modificados condenado a três anos de prisão
He Jiankui anunciou o nascimento de gêmeas com o DNA modificado para que pudessem resistir ao vírus da Aids que o pai havia contraído. Cientista chinês He Jiankui na II Cúpula Internacional sobre a Edição do Genoma Humano, em Hong Kong Anthony Wallace / AFP Photo O cientista chinês de 35 anos que provocou polêmica mundial ao anunciar os primeiros bebês geneticamente modificados foi condenado nesta segunda-feira (30) a três anos de prisão e ao pagamento de multa de de três milhões de yuanes (384.000 euros). He Jiankui anunciou em novembro de 2018 o nascimento de gêmeas com o DNA modificado para que pudessem resistir ao vírus da Aids que o pai havia contraído. Um tribunal da cidade de Shenzhen (província de Guangdong), onde ficava o seu laboratório, condenou He Jiankui por "ter realizado ilegalmente a manipulação genética de embriões com fins reprodutivos", informou a agência estatal Xinhua. Três bebês geneticamente modificados nasceram no projeto de Jiankui, de acordo com a agência. He Jiankui, em imagem de arquivo Mark Schiefelbein (AP) As autoridades chinesas anunciaram em janeiro de 2019 que outra mulher estava grávida de uma criança com o DNA modificado, além das gêmeas, mas o nascimento deste bebê não foi confirmado. Outras duas pessoas foram condenadas, mas a Xinhua não informou que funções elas desempenharam no processo. Zhang Renli recebeu a sentença de dois anos de prisão e terá que pagar multa de um milhão yuanes, enquanto Qin Jinzhou ficará um ano e meio em liberdade condicional e pagará multa de 500.000 yuanes. Os dois pertencem a institutos médicos da província de Guangdong, segundo a agência. O julgamento aconteceu a portas fechadas porque o caso "afeta a vida privada", afirmou a Xinhua. Quando o caso explodiu, a China foi acusada de falta de supervisão. O país não tinha nenhuma lei sobre o tema, apenas uma regulamentação de 2003 que proibia a manipulação genética de embriões, mas que não previa nenhuma pena para os infratores. Uma nova regulamentação anunciada em fevereiro aplica multas de 100.000 yuanes por manipulações genéticas. He Jiankui e os outros dois acusados foram condenados por exercício ilegal da Medicina. "O tribunal considerou que os três acusados não tinham qualificações médicas e buscava fama e lucro. Eles violaram deliberadamente a regulamentação sobre a pesquisa científica e a gestão da Medicina", destacou a Xinhua. He Jiankui, formado em Stanford (Estados Unidos), explicou ter o usado o sistema Crispr-Cas9, as chamadas "tesouras genéticas", que permite remover e substituir as partes indesejáveis do genoma. A simplicidade do sistema Crispr estimulou muitos cientistas. Mas ao modificar o genoma, He Jiankui provocou outras mutações que serão transmissíveis a seus descendentes. "A tecnologia ainda não é segura", declarou Kiran Musunuru, professor de Genética da Universidade da Pensilvânia (EUA). Muitas vezes, as "tesouras" Crisp cortam outro gene que não o inicialmente previsto. "É fácil utilizá-las se você não se importa com as consequências", explica Musunuru. As duas gêmeas, chamadas Lulu e Nana (pseudônimos), permanecem anônimas e seu paradeiro é desconhecido.
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Quiz: Você sabe cuidar da saúde dos seus rins?
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Pesquisa com peixinho similar geneticamente com os humanos pode ajudar no desenvolvimento de novos medicamentos
Segundo os pesquisadores, nanopartícula mostrou-se promissora para ser testada em ligações com fármacos e tem potencial para atuar, por exemplo, no tratamento do câncer. De acordo com pesquisadores, peixe utilizado nos teste tem cerca de 70% de similaridade genética com os humanos Fernando Evans/G1 Com a ajuda de um peixinho que possui 70% de similaridade genética com os humanos, cientistas do Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano), em Campinas (SP), testaram um nanomaterial capaz de se ligar a moléculas e proteínas com potencial para aplicação futura nas áreas de saúde, biotecnologia e meio ambiente. Na avaliação dos cientistas, a nanopartícula mostrou-se promissora para o desenvolvimento de novos medicamentos e aplicações para tratamento de câncer, na busca por diagnósticos, além de remoção e detecção de poluentes ambientais. Para analisar a toxicidade e a possibilidade de uso do componente, os pesquisadores adicionaram propriedades magnéticas e de luminescência à nanopartícula, que tem um tamanho menor que de uma célula, e puderam acompanhar a interação no organismo vivo desde a fase embrionária. De acordo com o pesquisador Carlos Pérez, um dos responsáveis pelo estudo, nessa fase foi possível comprovar a baixa toxicidade da nanopartícula, que não foi destruída nem se biotransformou no organismo do peixe conhecido popularmente como “paulistinha”. "Isso é bom para potenciais aplicações no futuro. Com a propriedade magnética, podemos tentar levar a substância para alguma região específica do organismo, liga-la a algum fármaco", projeta Gabriela Helena da Silva, que realiza o trabalho de pós-doc no LNNano. Imagem de microscópio digital mostra presença do nanomaterial no organismo do embrião do peixe Fernando Evans/G1 Do que é feito e como foi testado? A nanoestrutura testada foi sintetizada com o uso de óxido de ferro, íons de elementos lantanídeos e juntamente com o biopolímero quitosana, extraído do exoesqueleto de crustáceos. Os cientistas do LNNano, que integra o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), analisaram índices de mortalidade, comprimento, malformação, inchaço e taxa de eclosão nos embriões de peixes testados e, mesmo em exposições à altas concentrações, os resultados obtidos foram "satisfatórios". "O que observamos foi taxas de mortalidade ou malformação dentro dos parâmetros que a espécie tem no meio-ambiente, sem qualquer alteração", destaca a doutoranda Aline Maria Zigiotto de Medeiros. Para analisar a dinâmica de todo o processo e a bioacumulação das nanopartículas no organismo dos embriões, os pesquisadores utilizaram o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS). “As análises permitiram fazer o mapeamento químico de nanopartículas nos sistemas biológicos e avaliar de maneira quali e quantitativa a distribuição e composição de elementos químicos em tecidos biológicos, com alta resolução espacial e sensibilidade analítica”, explica Pérez. Carlos Pérez utilizou o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron para fazer o mapeamento químico das nanopartículas nos peixinhos Fernando Evans/G1 A expectativa do grupo é que os próximos passos possam contar com o uso do Sirius, laboratório de luz síncrotron de 4ª geração que irá substituir o acelerador em uso. Com o superlaboratório, os experimentos poderão ser realizados em menor espaço de tempo, com maior qualidade e quantidade de dados obtidos. Recentemente, pesquisados obtiveram as primeiras imagens de materiais analisados com a luz síncrotron de 4ª geração produzida pelo Sirius. Veja mais notícias da região no G1 Campinas
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Fim dos garranchos na receita? IA da Amazon 'traduz' consultas médicas
A Amazon está desenvolvendo uma plataforma na nuvem que aplica inteligência artificial para melhorar a qualidade do atendimento em consultas médicas. O Amazon Transcribe Medical é basicamente um programa que reconhece a fala do profissional da saúde e transforma o que ele diz em texto.
Apesar de parecer um simples transcritor de fala, o serviço precisa de muito machine learning para operar corretamente. Afinal, ele deve ser capaz de detectar termos técnicos e procedimentos médicos e descrever cada um deles — colocando ainda pontuação e medidas corretas.
Antoine Lavoisier, o químico revolucionário que foi decapitado graças a disputa científica
Lavoisier mudou o mundo da química, mas acabou morto como um traidor do Estado durante a Revolução Francesa. 'Reinado do Terror: Um dos políticos da Revolução', em pé sobre uma pilha de corpos decapitados entre duas guilhotinas, bebendo sangue de um cálice e enchendo outro com o sangue da vítima recentemente decapitada Getty Images/BBC "Foi o suficiente para eles cortarem a cabeça, não será suficiente por um século para que outro igual surja", disse o matemático ítalo-francês Joseph-Louis Lagrange. Ele lamentava a decapitação de Antoine Laurent Lavoisier, que havia mudado para sempre a prática e os conceitos da química, forjando um sistema que daria ordem ao conhecimento caótico da alquimia. 5 experimentos de Darwin que você pode fazer em casa 5 experimentos simples para verificar que a Terra não é plana Lagrange e Lavoisier viveram — como Charles Dickens escreveu — naqueles que "eram os melhores tempos, eram os piores tempos, era o século da loucura, era o século da razão". Na verdade, era o século 18, o do Iluminismo e do "terror". Na França, foi o momento da Revolução que mudou o país e o mundo. E, naqueles tempos, apesar de suas realizações, Lavoisier tinha muita gente contra ele, além de um inimigo bastante poderoso. Um retrato Retrato de Antoine Laurent Lavoisier (Paris, 1743-1794), químico francês, com sua esposa, em 1788, obra de Jacques-Louis David (1748-1825) Getty Images/BBC Muitas obras de arte retratam momentos. Nesse caso, elas também mostraram um mundo que estava prestes a desaparecer. Produzida pelo artista mais ilustre da França à época, Jacques-Louis David, em 1788, uma pintura mostra Lavoisier olhando com adoração para sua brilhante mulher, Marie Anne Pierrette Paulze-Lavoisier. Em apenas alguns anos, David, um defensor da Revolução Francesa e amigo de Maximilien Robespierre (um dos líderes da Revolução Francesa), tinha controle quase completo das artes na França. E Antoine Lavoisier estava morto. Marie Anne estava falida, mas recuperou os livros confiscados do marido, editou suas anotações adicionais e as publicou uma década após sua morte. Casamento às pressas Antoine e Marie Anne se conheceram quando ela tinha apenas 13 anos e seu pai, Jacques Paulze, precisava casar a filha rapidamente. Uma baronesa insistia em fazer dela a esposa de seu irmão de 50 anos. Marie se recusou a se casar com aquele "tolo e ogro", nas palavras dela. Mas, na França da época, era difícil negar os desejos de uma baronesa. Só havia uma solução: ela não poderia se casar com o velho nobre se já estivesse casada com outro homem. Jacques Paulze tinha a pessoa certa em mente: um jovem bonito e brilhante que trabalhava em sua empresa. Ele se chamava Antoine Lavoisier. O jovem aceitou a proposta e, em uma grande cerimônia em dezembro de 1771, o vínculo foi formalizado. Naquela época, Luís 15 da França, conhecido como o "Bem Amado" e parte da Casa Real de Bourbon, estava no trono Getty Images/BBC 'Aquele jovem bonito e brilhante' Lavoisier já era razoavelmente conhecido na França, porque, além de um coletor de impostos, tinha estudado química. Naquela época, a ciência era quase sempre uma ocupação para homens que, embora tivessem outros empregos, tinham tempo e recursos disponíveis para se dedicar a ela. Por seu trabalho em geologia e seu plano de fornecer luz às grandes cidades, Lavoisier havia sido eleito membro da Academia de Ciências da França em 1768, quando tinha apenas 25 anos. Na década de 1770, ele fez seu trabalho mais brilhante, descobrindo como materiais, entre eles a madeira, são queimados. Na época, acreditava-se que, ao pegarem fogo, esses materiais liberavam uma substância misteriosa chamada flogisto (do grego flogistós: 'inflamável'). Dizia-se que essa era a razão pela qual um tronco diminuía de tamanho quando pegava fogo: o flogisto era liberado. Pensava-se que os materiais que queimavam facilmente eram ricos nessa substância. Não é bem assim que funciona, disse Lavoisier. Por um lado, quando os metais esquentam, eles não se tornam mais leves, mas mais pesados, disse ele. E ele argumentou que isso acontecia porque eles são combinados com um componente do ar: um gás que ele chamou de oxigênio. Lavoisier trabalhava em período integral, mas passava três horas pela manhã e três à noite fazendo ciência. E sábado era o seu dia favorito, porque outros cientistas e entusiastas frequentavam sua casa para discutir avanços e teorias. Getty Images/BBC Na década de 1780, Lavoisier usou sua teoria do oxigênio para construir uma estrutura completamente nova para a química. Ele esclareceu o que é um elemento químico: uma substância, disse ele, que não pode ser reduzida a nada mais simples. Ele compilou uma lista de nada menos que 33 desses elementos e desenvolveu métodos para dividir compostos químicos em seus elementos componentes e calcular as proporções relativas de cada um. Além disso, ele introduziu um moderno sistema de nomes que permite que as equações químicas sejam escritas em uma linguagem universal que seja entendida em todo o mundo. Lavoisier apresentou tudo isso em um livro de 1789, intitulado Traité Elementaire de Chimie (ou Tratado Elementar de Química), publicação que lançou as bases para o futuro desta área da ciência. Ele é considerado o pai da química moderna e dá nome à conhecida Lei de Lavoisier, ou Lei da Conservação das Massas, princípio de que nada se perde ou se cria (o conceito já havia sido apresentado antes por outro cientista, o russo Mikhail Lomonosov, mas o texto deste não repercutiu). Lavoisier foi um dos muitos pesquisadores intrigados com a composição do oxigênio e um dos primeiros a entendê-lo Getty Images/BBC Marie e Antoine Marie Paulze e Lavoisier pareciam formar um casal feliz desde o início do casamento. Embora isso não fosse tão comum na época, eles gostavam um do outro. Ela entrou com o marido no laboratório, aprendeu química, anotou resultados de experimentos e fez esboços de seu laboratório e equipamentos. Suas habilidades eram inestimáveis para Lavoisier, especialmente sua capacidade de ler e traduzir, além de entender e analisar textos científicos escritos em inglês. Ele não foi o único a tentar resolver a química do ar e da combustão: havia outros atrás dessa "pista" envolvendo o oxigênio. Um deles era seu amigo, o químico inglês Joseph Priestley, que o encontrou primeiro e até isolou o oxigênio puro, que é misturado com nitrogênio no ar, mas pode ser separado pelo aquecimento de certos produtos químicos. Priestley notou que as chamas queimavam mais intensamente em oxigênio puro. Mas, na época, ele acreditava que o efeito era causado pelo ar deflogisticado — ou seja, ar havia ficado sem o chamado flogisto e tentava recuperá-lo de alguma substância em chamas. Existem historiadores que argumentam, porém, que o crédito é do químico sueco Carl Scheele, que identificou o oxigênio vários anos antes de Priestley. Infelizmente, uma carta que ele enviou a Lavoisier descrevendo seu trabalho nunca chegou e seu relatório científico foi esquecido por dois anos em uma gráfica. O fato é que o ambicioso Lavoisier queria estar à frente e precisava saber o que seus rivais estavam fazendo. No entanto, ele mal conseguia ler em inglês; portanto, sua esposa tinha que traduzir documentos nesse idioma para poder varrer o flogisto da teoria química e substituí-lo por sua teoria do oxigênio. Joseph Priestley encontrou e isolou o oxigênio; Lavoisier o nomeou e o entendeu Getty Images/BBC A história que passou por eles Foi então que a Revolução Francesa estourou, e aristocratas e cobradores de impostos foram considerados inimigos do povo. Lavoisier era as duas coisas e não se salvou, apesar de ser um cientista admirado e, em sua outra profissão, um dos poucos liberais que tentaram agressivamente reformar o sistema tributário. Segundo vários historiadores, Lavoisier foi denunciado pelo político revolucionário Jean-Paul Marat. Marat nasceu no mesmo ano que o químico, estudou medicina e viajou pela Europa. Na década de 1770, ele era um médico conhecido, que vivia em Londres e frequentava a aristocracia, embora já fosse politicamente ativo; em 1774, ele publicou Les Chaînes de l'esclavages (As Correntes da Escravatura, em tradução livre), atacando o despotismo. Em 1777, Marat foi para a França e atuou como médico do conde de Artis, irmão do rei Luís 16, que foi coroado como rei Carlos 10º. Praticar medicina com a aristocracia era lucrativo, mas Marat renunciou ao cargo para se tornar um cientista. Marat era um médico francês que fez parte da aristocracia em Londres e Paris, antes de decidir que queria ser um cientista. Mas ele é mais conhecido como jornalista e político durante a Revolução Francesa Getty Images/BBC O gérmen do ressentimento Confiante de que a Academia de Ciências de Paris, da qual Lavoisier era um membro proeminente, o reconheceria como um cientista de vanguarda, Jean-Paul Marat apresentou um ensaio sobre a luz, acompanhado por numerosas experiências, muitas das quais destinadas a invalidar teorias ópticas sobre a cor de Isaac Newton. A Academia Francesa nomeou uma comissão de cientistas, que incluía Lavoisier e também o então embaixador americano Benjamin Franklin, para investigar o assunto. Nove meses depois, a comissão concluiu que os experimentos "não provavam o que o autor imaginava que eles provavam" e decidiu que "eles não os consideravam adequados para a aprovação ou consentimento da Academia". As esperanças de Marat de ser aceito como um membro da academia desapareceram e foram substituídas por um profundo ressentimento contra a entidade e, particularmente, contra Lavoisier, o mais vocal dos membros da comissão. Mas ele não pôde fazer muita coisa até a Revolução estourar e se tornar um movimento poderoso. Foi então que Marat voltou-se contra Lavoisier, fazendo circular folhetos denunciando sua ciência, seu passado e todas as suas atividades. Marat adotou a filosofia de "se você não pode juntar-se a eles, melhor derrotá-los". Ele acabou liderando um movimento para dissolver a Academia de Ciências. Pouco a pouco, colocou seu partido e parte da população contra Lavoisier, no momento em que a Revolução começou a se tornar seriamente perigosa. Em 13 de julho de 1793, Marat recebeu a vista de uma mulher chamada Charlotte Corday, que alegava ter informações confidenciais sobre um grupo de girondinos em fuga, o que despertou o interesse de Marat. Os girondinos eram um ramo moderado de revolucionários que eram a favor da dissolução da monarquia, mas contra a liderança violenta que a Revolução havia assumido nas mãos dos jacobinos, como Marat e Robespierre. À época, um problema de saúde que causava extremo desconforto fez com que Marat improvisasse um escritório na banheira, onde o incômodo diminuía. Ao final da conversa, Corday, uma defensora secreta dos girondinos, inesperadamente pegou uma faca e a enterrou no coração de Marat. Dizem que suas últimas palavras foram: "A moi, ma chère amie!" ou "Para mim, minha querida amiga!" Corday foi presa e, apesar de ter se defendido dizendo que matara "um homem para salvar cem mil", ela foi condenada e morreu na guilhotina aos 24 anos. Como amigo íntimo de Marat e companheiro jacobino, o pintor Jacques-Louis David foi encarregado de planejar o funeral e pintar a cena de sua morte. O artista Jacques-Louis David retratou o momento do assassinato do amigo em 'A Morte de Marat' Getty Images/BBC O assassinato de Marat fez dele um mártir por algum tempo. Seus amigos e aliados mantiveram vivo seu rancor contra Lavoisier e o prenderam. Enquanto era mantido em cativeiro, Lavoisier escreveu a um primo: "Tive uma carreira decentemente longa e, acima de tudo, feliz. Acho que minha memória será acompanhada por alguns arrependimentos e, talvez, alguma glória. O que mais alguém pode querer? Esse assunto provavelmente me salvará dos inconvenientes da velhice. Eu vou morrer com boa saúde". Em 1793, o químico foi considerado traidor do Estado e condenado à morte. Em 8 de maio de 1794, Antoine Lavoisier foi levado à guilhotina. Embora seja uma história apócrifa, conta-se que, quando as realizações científicas de Lavoisier foram apresentadas como uma razão para perdoá-lo, o chefe da corte respondeu: "A República não precisa de sábios". 'Charlotte Corday', pintada em 1860 por Paul Baudry, quase um século depois do assassinato, quando Marat deixou de ser considerado um mártir e um herói; Baudry o pintou como um monstro zangado, e Corday passou a ser - entre os intelectuais - a verdadeira heroína da França Getty Images/BBC
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Como a comida pode ajudar a aliviar a dor causada pela morte de um ente querido
Uma boa refeição é muito importante depois de sofrer a dor de perder alguém próximo, mas, ao mesmo tempo, a falta apetite é comum em momentos de luto. A comida é um elemento fundamental durante os processos de luto em vários países, incluindo os Estados Unidos Katie Horwich/BBC Os alimentos podem ajudar no processo de luto quando há uma morte na família? Uma boa alimentação é muito importante depois da perda de alguém próximo, mas, ao mesmo tempo, a falta de apetite é bastante comum quando alguém está passando por um momento como esse. Perder completamente a vontade de comer é algo que a americana Lindsay Ostrom conhece bem. Com apenas cinco meses e meio de gravidez, ela teve que dar à luz seu filho Afton. No dia seguinte, o recém-nascido morreu. "Tudo o que eu conseguia pensar era na morte do meu filho e o que isso significava para mim. Eu não me importava com mais nada", explicou ela, que mora no Estado de Minnesota, nos Estados Unidos. O problema é que, para Ostrom, a comida era algo muito importante: ela tinha um blog sobre culinária chamado A Pinch of Yum (algo como uma pitada de delícia). Uma receita para o luto: sopa cremosa de tomate A Pinch of Yum/Divulgação/BBC De fato, ela escreveu no blog que havia perdido o gosto pela comida e que só tinha espaço no estômago para sentir dor. "A comida começou a me dar nojo. O que geralmente me gerava paixão começou a me entediar", diz ela. "Sempre gostei de experimentar todos os tipos de sabores, cores e texturas, mas, naquele momento, tudo que eu queria era um prato de sopa de tomate ou um pão com manteiga." Mesmo que ela não quisesse provar algo diferente, estava realmente agradecida pela comida e pelos pratos simples que seus amigos e familiares lhe levaram durante aqueles dias. "Essa foi uma maneira de nos salvar. Era como 'vamos encarar a vida, e comer esses pratos, um dia de cada vez'. Fazer isso nos trouxe algum alívio, nos colocou diante da realidade: você está vivo e você tem que continuar vivendo", conta. Ostrom percebeu o quão importante aqueles pratos simples, feitos com amor, poderiam ser. E, então, pediu aos amigos e familiares as receitas que experimentou naqueles dias tristes. Ela as compartilhou usando a hashtag #feedingabrokenheart (#alimentandoumcoraçãopartido), que ficou famosa no Instagram ao acompanhar as imagens dos pratos que a ajudaram no momento de luto. O alimento pode se tornar um elemento que ajuda a aliviar a dor da perda de um ente querido Instagram/Reprodução Para ajudar Para a professora Lisa Shulman, da Universidade de Maryland, nos estágios iniciais do luto, uma resposta primária que varia entre a tristeza e a fuga muitas vezes entra em cena — e é por isso que perdemos o controle do apetite. Shulman estudou como lidar com a dores causadas pela perda de um ente querido em razão de uma experiência pessoal: ela enfrentou muitas dificuldades após a morte de seu marido, Bill. Por isso, ela escreveu o livro After Loss (Após a Perda, em tradução livre), que fala sobre a dor e sua relação com o cérebro. Seu principal objetivo é tentar entender os efeitos desse processo no corpo e como os alimentos podem facilitar a forma como lidamos com o luto. "Nesse estado de tristeza, é como se houvesse um lençol entre nós e o exterior, e isso silencia nossas experiências sensoriais. É por isso que é difícil ficar com fome ou querer comer." "Quando perdemos alguém de maneira traumática, é como se o cérebro agisse como uma espécie de segurança. O que ele faz é bloquear memórias dolorosas e permitir apenas aquelas que são mais fáceis de processar", explica. Para se recuperar, precisamos abrir gradualmente essas memórias bloqueadas novamente. E a comida pode desempenhar um papel nisso. "Com a ideia de progredir, podemos usar alimentos para nos ajudar. Me concentrei em refeições significativas e que podem nos trazer essas memórias. Mas falo por experiência própria. Dediquei-me a preparar os alimentos que meu marido gostava de comer nos restaurantes e isso me confortou de alguma forma", diz Shulman. Cebolas cruas ajudaram Amy a lembrar-se dos melhores momentos com o seu falecido pai Katie Horwich/BBC Pais Quando o pai de Amy morreu, alguns anos atrás, a comida se tornou uma maneira de estar perto dele de alguma forma. Seu pai era um imigrante romeno no Reino Unido que, além de ser arquiteto, tinha um restaurante famoso por seu pastrami. E ela encontrou um alimento que trazia à tona todas as suas boas lembranças com o pai: cebola crua. "Ele usava cebola para tudo", diz Amy. Embora não gostasse do sabor, ela começou a comê-la várias vezes por semana. "Faço isso por ele." Amy também começou a experimentar o scone (um bolinho de trigo ou aveia tradicional do Reino Unido), pelo qual nunca teve muito apreço, para entender por que seu pai gostava tanto dele. A refeição com scone começou a se tornar um ritual. A ideia de se reconectar ou buscar alívio com a comida no meio do luto não é nova. Na Roma antiga, era prática comum construir canais para cemitérios, com a ideia de enviar alimentos e bebidas para os mortos no futuro. Os hindus só comem pratos vegetarianos durante os 12 primeiros dias após a morte do ente querido. No Japão — um país predominantemente budista —, uma tradição conhecida como "tsuya" é realizada em casa. O ritual envolve uma fotografia da pessoa que morreu, colocada ao lado de uma tigela cheia de arroz com dois palitos posicionados verticalmente no prato. Já no México, um conjunto de refeições, especialmente as que acompanham o molho toupeira, são uma parte central da novena que é rezada quando uma pessoa morre. (Veja no vídeo abaixo como os mexicanos celebram o Día de los Muertos, com festa e comidas especiais) Museu do Imigrante celebra o tradicional Día de Los Muertos mexicano Conexão Candi Cann, professora de religião da Universidade Baylor, no Texas, observou que já existem velórios com refeições de redes de fast food em sociedades tradicionais como a China. "(Nesses locais) Era comum comer laranjas, abacaxis, carne assada, mas agora você também vê alimentos ocidentais como batatas fritas, um milk-shake, um Big Mac (hambúrguer do MC Donald's)", diz. "Às vezes as pessoas comem e, como acontece com as flores, a equipe do cemitério passa e limpa o local." Pessoas que perdem um ente querido também podem perder o apetite Getty Images/BBC Tais práticas são menos comuns no Ocidente, mas no sul dos Estados Unidos a tradição de levar pratos de comida em cerimônias de luto pode estar se tornando uma tendência. "A função desses pratos é fortalecer a comunhão através da comida", diz Cann. "Ela é compartilhada enquanto as pessoas contam histórias sobre o morto. Esses alimentos são, por exemplo, jambalaya — prato de arroz tradicional em cidades como Nova Orleans —, as chamadas batatas fúnebres ou o bolo de chocolate do Texas". "A ideia é que as refeições possam ser compartilhadas, gerando esse tipo de reconexão da comunidade local quando a pessoa não estiver mais lá", afirma. Assim, embora os mortos tenham desaparecido de nossas vidas, sua presença perdura na memória por meio dos alimentos de que mais gostamos. Para Cann, com muita frequência, a dor do luto é considerada anormal e as pessoas se esforçam para "seguir em frente", em vez de permitir que elas criem seus próprios rituais alimentares que permitam manter um relacionamento com os mortos.
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Por que ‘constelação de satélites’ preocupa astrônomos que investigam mistérios do Universo
Lançamento de satélites está próximo de se multiplicar, mas os cientistas dizem que esse movimento pode atrapalhar a astronomia. Astrônomos estão preocupados que os satélites brilhantes possam dificultar suas pesquisas, como essa trilha de satélite Starlink Marco Langbroek/Sattrakcam Leiden Astrônomos estão preocupados com a visão que temos do espaço. A partir da primeira semana de 2020, vai começar uma campanha de lançamento de milhares de novos satélites à órbita da Terra, com o objetivo de oferecer conexão à internet mais rápida a partir do espaço. Mas as primeiras frotas dessas naves espaciais, que já foram lançadas em órbita pela empresa americana SpaceX, estão afetando a captação de imagens do céu à noite. Agora, as imagens estão aparecendo com listras brancas brilhantes produzidas a partir dos satélites, e elas estão ofuscando a luz das estrelas. Chuva de meteoros Geminídeas: conheça a origem rara do fenômeno 5 experimentos simples para verificar que a Terra não é plana O que é o rosto 'assustador' captado no espaço pelo Hubble Os cientistas temem que futuras "mega-constelações" de satélites possam ofuscar imagens de telescópios ópticos e interferir nas observações de radioastronomia. "O que temos aqui é uma tragédia", disse Dave Clements, astrofísico do Imperial College de Londres. As empresas envolvidas disseram que estão trabalhando com astrônomos para minimizar o impacto dos satélites no estudo do universo. A constelação de satélites da OneWeb ficará a 1.200 km acima da Terra OneWeb/Divulgação Por que tantos satélites estão sendo lançados? A nova onda de satélites tem a ver com a alta velocidade de conexão com a internet. Em vez de serem limitados por fios e cabos, os satélites podem transferir o acesso à internet do espaço para o chão. E se houver muitos deles em órbita, significa que mesmo as regiões mais remotas do planeta podem obter conectividade. Atualmente existem cerca de 2.200 satélites ativos trafegando ao redor da Terra. Mas, a partir da próxima semana, a constelação Starlink — um projeto da empresa americana SpaceX — começará a enviar lotes de 60 satélites para a órbita com semanas de intervalo. Isso significa que cerca de 1.500 satélites serão lançados até o final do próximo ano e, em meados da próxima década, deve existir uma frota de 12 mil. A empresa britânica OneWeb está produzindo cerca de 650 satélites, mas esse número pode aumentar para 2.000 se houver demanda maior por parte dos clientes. Já Amazon tem uma constelação de 3.200 naves espaciais planejada. O Observatório Gemini registrou uma trilha de satélites da Starlink Observatório Gemini/NSF Por que os astrônomos estão preocupados? Em maio e novembro, a Starlink enviou 120 satélites para órbitas abaixo de 500 km de distância da Terra. Mas os astronautas ficaram preocupados quando a sonda apareceu como flashes brancos brilhantes em suas imagens de observação do espaço. Dhara Patel, astrônoma do Observatório Real de Greenwich, na Inglaterra, afirmou à BBC News: "Esses satélites são do tamanho de uma mesa, mas são muito reflexivos e seus painéis refletem muita luz do Sol, o que significa que podemos vê-los em imagens que coletamos com telescópios." "Esses satélites também são grandes usuários de onda de rádio... E isso significa que eles podem interferir nos sinais que os astrônomos usam. Por isso, também afeta a radioastronomia", ela alerta que o problema vai crescer à medida que o número de satélites em órbita aumentar. O que isso pode significar para as pesquisas? Clements acredita que os satélites podem ter um impacto real nas observações do espaço. "Eles estão no primeiro plano entre o que estamos observando da Terra e o resto do universo. Então, eles atrapalham tudo", diz o astrofísico. "E podemos deixar de ver o que está por trás desses satélites, seja um asteróide potencialmente perigoso perto da Terra ou o Quasar mais distante no universo." Para Clements, seria particularmente problemático para os telescópios realizarem grandes pesquisas no céu, como o futuro Grande Telescópio de Pesquisa Sinóptica (LSST) no Chile. "O que queremos fazer com o LSST e outros telescópios é produzir um filme em tempo real de como o céu está mudando. Agora temos esses satélites que interrompem as observações, e é como se alguém estivesse andando por aí acendendo uma lâmpada de vez em quando", diz. Por outro lado, o astrofísico Martin Barstow, da Universidade de Leicester, no Reino Unido, explica que parte do problema pode ser resolvido. "O número de satélites parece assustador, mas na verdade o espaço é bastante grande. Então, quando você sobrepõe os satélites no céu, a densidade dessas coisas não será muito grande", disse ele. "E como os satélites têm posições conhecidas, você pode atenuar (a observação). Um satélite será um ponto em uma imagem e poderá aparecer como uma explosão transitória de luz, mas você saberá disso e poderá removê-lo da imagem." "Vai dar trabalho para os observatórios lidarem com esse problema, mas isso pode ser feito." Para a radioastronomia, no entanto, as constelações podem representar um problema maior, especialmente para telescópios relativamente novos, como o Square Kilometer Array (SKA). Os sinais de rádio usados pelos satélites serão diferentes dos que os astrônomos estão procurando, mas ainda podem causar interferência, diz Barstow. A SpaceX diz que seus satélites vão ser menos brilhantes para não atrapalhar pesquisadores AFP O que as empresas de satélites afirmam? A SpaceX disse à BBC News que a empresa está trabalhando ativamente com astrônomos internacionais para minimizar o impacto dos satélites Starlink. Para o próximo lançamento, a companhia está testando um revestimento especial projetado para tornar a sonda menos brilhante. Já a OneWeb afirmou que será "líder de projetos no espaço responsável" e pretende colocar seus satélites em uma órbita de 1.200 km, para não interferir nas observações astronômicas. Ruth Pritchard-Kelly, vice-presidente da OneWeb, afirmou à BBC: "Escolhemos uma órbita como parte de nossa dedicação ao uso responsável do espaço sideral. E também conversamos com a comunidade de astronomia antes de lançarmos os satélites de modo a garantir que eles não sejam seja reflexivo demais e não interfiram na radioastronomia." Ela acrescentou que conectividade e astronomia não são antagônicas. "Não há dúvida de que o mundo inteiro tem o direito de se conectar à internet... Então isso vai acontecer. A questão será trabalhar com as outras partes interessadas para garantir que não estamos interferindo no trabalho delas, sejam elas tecnologias de satélite existentes, telefone móvel ou a comunidade da astronomia. Sabemos que vamos resolver isso com todo mundo", afirmou. VÍDEOS SOBRE ASTRONOMIA Em parceria com a China, Brasil lança satélite Astrônomos observaram pela primeira vez o 'café da manhã' de um buraco negro Eclipse solar total: G1 mostra o antes, o durante e o depois direto do Chile
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