Alta liberação de metano no Ártico já começou, alertam cientistas

Preocupações relacionadas à aceleração do aquecimento global não são inéditas, assim como a dedicação ao desenvolvimento de soluções que o revertam, mas o cenário pode estar prestes a ganhar um protagonista difícil de enfrentar. Um time internacional de cientistas encontrou evidências de que depósitos de metano localizados no oceano Ártico, conhecidos como "gigantes adormecidos do ciclo de carbono", começaram a ser liberados em uma grande área da costa do leste da Sibéria – e tudo indica que o mundo logo sofrerá as consequências do fenômeno.

Segundo os pesquisadores do navio R/V Akademik Mstislav Keldysh, altos níveis do gás, cujo efeito de aquecimento é 80 vezes mais potente que o do dióxido de carbono, foram detectados a uma profundidade de até 350 metros do Mar de Laptev, perto da Rússia. A equipe também afirma que muitas das bolhas da substância estão se dissolvendo na água, mas que, na superfície, a concentração já é de quatro a oito vezes mais forte do que seria considerado normal. Tudo isso, claro, está se encaminhando à atmosfera terrestre.

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